Doce rotina

A música do despertador do celular
O beijo no cangote insinuando bom dia
A voz no ouvido dizendo que é hora de levantar

A música brega cantada com alegria
A dança rápida na sala
E o sorriso encantador cheio de magia

O e-mail na caixa de entrada, logo de manhã
Os relatos quentes da noite passada
Os arrepios que vão percorrendo o corpo
As palavras de carinho e a saudade declarada

As tarefas de trabalho cumpridas
O brilho nos olhos quando te encontro
A paz que tenho no teu abraço
Teu beijo gostoso e o aconchego do teu corpo

O cientista do amor

O cientista do amor passou alguns anos fazendo análises, ele tinha teorias, dizia que existem pessoas que conseguem olhar nos olhos umas das outras e deixar transparecer sentimentos verdadeiros, que nunca serão manchados por mentiras ou promessas infundadas. Ele teorizou a questão de que as pessoas tem que ser livres e deixar livre quem gostam, assim elas sempre voltarão para os braços uma da outra e, mais, ele escreveu a teoria da cumplicidade, na qual as pessoas fazem coisas bobas, gestos de carinho, dançam sem música e passam horas conversando sobre trivialidades e tudo isso é muito prazeroso. Ele defendeu também que apenas um toque pode causar uma sensação de arrepio em todo o corpo e o cheiro de um perfume gostoso causa uma sensação parecida com andar nas nuvens. Ele relatou também que é possível gostar de alguém e, só de pensar na pessoa, o dia ficar mais colorido. Ele disse que era possível dormir imaginando a voz da pessoa na nossa mente e que isso deixaria nosso sono tranquilo, disse também que era possível gostar de alguém, aproveitando os bons momentos juntos, sem cobranças e sem desavenças.