A Mulher de Sagitário

{O BLOG COMPLETOU UM ANO ONTEM. PARABÉNS!}
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A Sempre Menina Mulher de Sagitário - 22.11 a 21.12
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"Nem sempre ela dirá coisas que você quer ouvir; na maioria das vezes, ela vai deixá-lo arrepiado com suas observações desconcertantes e francas. Mas, de vez em quando, dirá coisas tão maravilhosas que vão fazê-lo dançar de felicidade. Ela talvez seja um pouco franca demais porque vê o mundo tal como ele é. Ela não gosta de mentiras, e dificilmente alguma mulher de Sagitário costuma mentir - a menos que tenha um ascendente em Capricórnio, esta mulher dificilmente conseguirá convencer as pessoas quando estiver contando uma mentira. E a gente tem que admitir que isso é uma ótima qualidade, não é?
As sagitarianas são muito independentes, e ambos os sexos mantêm uma certa distância aos laços familiares. Quando quiser que ela faça algo, peça-lhe: não tente mandar nela. A técnica dos homens das cavernas não funciona com esta mulher. Ela não nasceu para ser mandada, odeia ter que receber ordens e abomina todo homem que tente aprisioná-la. Ela gosta de ser protegida, mas não gosta de ser mandada. Se nem mesmo seu pai consegue dominá-la, não vai ser qualquer um que vai achar que pode lhe dar ordens! Quanto mais nervosa ela fica, mais sarcástica e cínica se torna. Não é prudente brigar com um signo que é metade gente, metade cavalo, e a metade humana ainda está armada!
Feliz daquele que tem a sorte de ter uma mulher de Sagitário como amiga. Ela alegrará suas festas, será sua melhor confidente e sempre estará ao seu lado quando todos os seus amigos tiverem abandonado o barco. Ela é tão generosa, paciente e atenciosa com todos os amigos, que seu telefone dificilmente fica muito tempo sem tocar. Se repararem bem, a maioria das sagitarianas sempre recebem telefonemas de amigos que nunca conseguem esquecê-las, mesmo que estejam distantes.
Ela é uma das poucas mulheres que costumam ter amigos de infância. Sim, eu disse amigos. Os mesmos que rolavam com ela na rua enquanto jogavam bola, e que um dia perceberam que aquela garota com jeito desajeitado de moleque, que andava descalça, um dia se tornou uma linda mulher.
Tentem reparar em uma sagitariana andando. Vejam como a maioria costuma andar com o nariz empinado, parecendo um cavalo puro sangue. Vejam como ela é uma mulher elegante e confiante, mesmo quando tropeça e sai derrubando tudo pelo caminho! Sim, a coisa mais difícil de encontrar é uma sagitariana que não seja um pouco desajeitada.
A idade realmente não importa quando o assunto é a sagitariana. Elas permanecem meninas mesmo quando envelhecem. E elas adoram ser tratadas como meninas sapecas que não param no canto, sempre prontas a correr na rua com os garotos! E, é essa alegria de viver, esse eterno otimismo que enfeitiçam os homens de bom gosto! Nenhuma mulher pode ser tão apaixonada pela vida quanto a sagitariana, e transmitir esse amor por todos os cantos por onde passa.
Estar ao seu lado é viver o bom humor e acreditar no futuro. Não importa que ela tenha milhões de amigos que ocupam grande parte do seu tempo, nem que passe o tempo todo planejando viagens ou sonhos que ainda quer realizar. Amar uma mulher de Sagitário é recompensador e nunca é monótono. Não importa que ela não tenha aprendido a dizer o quanto te ama - para ela,
isso é difícil. Quem já teve a felicidade de estar apaixonado por sagitarianas sabe que a melhor maneira que elas têm para demonstrar o que sentem é pela ação. Nenhuma mulher beija tão gostoso ou erradia tanta vida e alegria quanto um anjinho de Sagitário, que chegou à conclusão - após passar várias noites em claro - de que o que sente por você não é amizade, mas amor!
E, quando as setas do arqueiro penetram em nossos corações, não há magia no mundo que possa nos livrar do poder do amor de uma sagitariana!"
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Ainda não descobri quem escreveu isso, mas em breve vou descobrir.
Queria acrescentar que, alguns sagitarianos como eu, tem um carinho enorme por geminianos, mas muitas vezes não sabem como lidar com eles.
Lendo o que o autor escreveu sobre este signo, algo me chamou atenção: "Apesar de muitas vezes parecer frio e distante, ele (o geminiano) deseja ser amado e mimado. Mostre que sempre estará ao seu lado, apesar de suas crises de mau-humor, e terá uma (pessoa) que se entregará por inteiro. Aliás, o melhor remédio contra o mau-humor do geminiano é sempre demonstrar amor!"
Demonstrar amor... demonstrar amor... demonstrar amor!

O café nosso de cada dia

Muito clássico, com já vi em alguns filmes, ao mesmo tempo muito meu, só minha, a forma como espero quase todo dia pelo momento de te ver, apenas alguns minutos, sempre olhando no relógio, esperando o momento do último compromisso do dia.
E o teu oi sempre tão carinhoso, perguntando se está tudo bem comigo e como foi meu dia (isso das pessoas perguntarem como foi meu dia sempre me encantou), e falas em coisas simples, que tornam-se grandiosas no meio do caminho entre a tua boca e o meu ouvido. Lembro de várias conversas que tivemos, mas de uma lembro com a inocência do olhar de uma criança, lembro do dia em que perguntei o ponto negativo e o positivo do teu dia e me falaste dos problemas no trabalho, da fria chuva que caia, da correria diária para honrar todos os compromissos, e que o ponto positivo, dito com o mais doce sorriso, tinha sido me encontrar. E foi depois daquele dia que tomei coragem, querendo estreitar mais nossos laços, te liguei. A voz tremia e não sabia muito bem o que ia falar, acabei falando algumas besteiras, e antes de me despedir disse: "te encontro amanhã, no mesmo horário"
E eu, que não costumava tomar café todo dia, viciei!

Vou de táxi

E ontem saí de casa a pé, temendo a "tolerância zero" com quem bebe, mesmo que, como eu, bebe uma ou duas taças de vinho.
Eu realmente bebo as vezes, nada comparado com algumas pessoas que bebem uma dúzia de cerveja e saem com seus carros alucinadamente pelas ruas, como se estivessem no autódromo de Tarumã. Bebo "alegremente" no meio de uma conversa com amigos ou entre uma música e outra que canto no videokê, bebo em um jantar, numa festa de aniversário ou como ontem, em uma exposição, aliás, muito interessante - Transfer - no Santander Cultural.
Nunca causei acidente após ter ingerido bebida alcóolica (e nem sem ter bebido, que fique claro), mas apoio a Lei, afinal se nós - a sociedade - formos contra isso como poderemos ter uma cidade (estado, país, mundo) melhor?
As vezes eu penso que o governo economizaria muito dinheiro se não precisássemos de policiais nas ruas, sim, só precisamos deles porque dentre nós (de novo, a sociedade) existem marginais e esses fazem necessária a presença dos policiais. E no trânsito, é a mesma coisa, existem infratores, que fazem necessária a presença de leis severas. E, como em quase tudo, os bons pagam pelos mals, eu não poderei mais sair com meu carro, dar carona aos meus amigos, ou simplesmente pelo prazer de digirir, se quiser beber algo. Quando quiser sair e me render a esse pequeno prazer terei de tomar um táxi ou pegar carona com quem não bebe.
Farei isso, em parte, a contragosto, mas me acostumarei, porque é uma atitude coerente com meus princípios.

E aí... eu chorei!

Então eu choro, sem vergonha, sem medo, sem mágoas, somente com sensação de ter feito algo errado, algo que talvez torne as coisas menos alegres por aqui, mas que servirá de lição para que o mesmo erro não volte a ser cometido.
Aqui, no meu trabalho, numa manhã menos fria de inverno, no mesmo lugar onde, ontem, pessoas que, eu não tinha uma amizade propriamente dita, mas que significavam alguma coisa para mim, me falaram coisas ruins, mas coisas que mereci ouvir.
Eu errei, admito, fiz uma brincadeira muito idiota, falei mal de pessoas que, por mais defeitos que tenham, não cabe à mim julgar, falei, se pudesse voltar atrás falaria novamente, mas não da forma como o fiz.
Arrependimento não muda o que está feito, só o que se pode fazer daqui pra frente é não cometer o mesmo erro. Aprendi com isso, apesar de estar doendo ainda, vai me fazer ser uma pessoa melhor em várias coisas.
E... deixando que as lágrimas caiam faço bem aos meus olhos e ao meu coração.

Que se danem os nós

"Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos
Perdoando meus enganos
Desfazendo minhas malas
Talvez assim chegar mais perto
Vim achei que eu me acompanhava
E ficava confiante
Outra hora era o nada
A vida presa num barbante
E eu quem dava o nó
Eu lembrava de nós dois
Mas já cansava de esperar
E tão só eu me sentia
E segui a procurar
Esse algo alguma coisa
Alguém que fosse me acompanhar
Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome
Ou eu quis escutar
Vem eu sei que tá tão perto
E por que não me responde
Se também tuas esperas
Te levaram pra bem longe
É longe esse lugar
Vem nunca é tarde ou distante
Pra te contar os meus segredos
A vida solta num instante
Tenho coragem tenho medo sim
Que se danem os nós"
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Que se danem os nós
(Ana Carolina/Totonho Villeroy)

O amor é a melhor grife

Tenho duas coisas para falar hoje.
1) Sex and the city - o filme, que assisti essa semana.
2) Aristófanes de Bizâncio, primeiro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria.
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Sobre o filme, muito bom, não decepciona em nada os fãs da série, que teve fim em 2004. A amizade leal das quatro amigas, as trapalhadas, decepções amorosas, aventuras sexuais, problemas conjugais, tudo embalado por um bom humor inteligente. O filme é tão envolvente que nem nos damos conta que ele tem quase 3 horas de duração.
Adorei quando Carrie (Sarah Jessica Parker) disse, em meio aos seus sapatos Manolo Blahnik, Jimmy Choo e suas bolsas Prada e Louis Vuitton, que o amor é a maior e melhor grife.
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Tá, agora chega de cultura inútil. Tava lendo sobre como surgiram os acentos nas palavras e fiquei feliz e orgulhosa, sim, eles teriam sido criados por Aristófanes de Bizâncio, que foi o primeiro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria. Os acentos e os sinais de pontuação foram usados em primeira mão na língua grega e logo depois o latim assimilou também.
Um viva para o "Ari" \o/

Inteiramente Viva

"Como você sabe, dirás feito um cego tateando, e dizer assim, supondo um conhecimento, faria quem sabe o coração do outro adoçar um pouco até prosseguires, mas sem planejar, embora planejes há tanto tempo, farás coisas como acender o abajur do canto depois apagar a luz mais forte, criando um clima assim mais íntimo, mais acolhedor, que não haja tensão alguma no ar, mesmo que previamente saibas do inevitável das palmas molhadas de tuas mãos, do excesso de cigarros e qualquer coisa como um leve tremor que, esperas, não transparecerá em tua voz. Mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, sim como você sabe, a gente, as pessoas, infelizmente têm, temos, essa coisa, emoções, mas te deténs, infelizmente? o outro talvez perguntaria por que infelizmente? então dirás rápido, para não desviar-te demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções. Meditarias: as pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra. Há os níveis-não-formulados, camadas imperceptíveis, fantasias que nem sempre controlamos, expectativas que quase nunca se cumprem, e sobretudo emoções. Que nem se mostra. Por tudo isso, infelizmente, repetirás, insistirás, completamente desesperado, e teu único apoio seria a mão estendida que, passo a passo, raciocinas com penosa lucidez, através de cada palavra estarás quem sabe afastando para sempre. Mas já não sou capaz de me calar, talvez dirás então, descontrolado, e um pouco mais dramático, porque meu silêncio já não é uma omissão, mas uma mentira. O outro te olhará com seus olhos vazios, não entendendo que teu ritmo acompanharia o desenrolar de uma paisagem interna, absolutamente não-verbalizável, desenhada traço a traço em cada minuto dos vários dias e tantas noites de todos aqueles meses anteriores, recuando até a data, maldita ou bendita, ainda não ousaste definir, em que pela primeira vez o círculo magnético da existência de um, por acaso banal ou pura magia, interceptou o círculo do outro. No silêncio que se faria, pensas, precisarás fazer alguma coisa, como colocar um disco ou ensaiar um gesto, mas talvez não faças nada, porque ele continuará te olhando com seus olhos vazios, no fundo dos quais procuras, mergulhador submarino, o indício mínimo de um tesouro escondido para que possas voltar à tona com um sorriso nos lábios e as mãos repletas de pedras preciosas. Mas nesse silêncio que certamente se fará, talvez acendas mais um cigarro, e com a seca boca cerrada, sem nenhum sorriso, evitarias o mergulho para não correres o risco de encontrar uma fera adormecida. Teu coração baterá fortemente, sem que ninguém escute, e por um momento talvez imaginas que poderias soltar os membros e simplesmente tocá-lo, como se assim conseguisses produzir uma espécie qualquer de encantamento que de repente iluminaria esta sala com aquela luz que tentas, em vão, descobrir também nele, enquanto dentro de ti ela se faz quase tangível de tão clara. Nítida luz que ele não vê, esse outro sentado a teu lado na sala levemente escurecida, onde os sons externos mal penetram, como se estivessem os dois presos dentro de uma bolha de ar, de tempo, de espaço, e novamente encherás o cálice com um pouco mais de vinho para que o líquido descendo por tua garganta trêmula vá de encontro a essa claridade que tentas, precário, transformar em palavras luminosas para ofender a ele. Que nada, diz, e nada dirás, e sem saber por quê pensas um extenso corredor escuro onde tateias, feito cego, as mãos estendidas para o vazio, pressentindo o nada, que tu mesmo prepararias agora, suicida meticuloso, através de silêncios mal tecidos e palavras inábeis, pobre coisa sedenta, te feres, exigindo o poço alheio para matar tua sede indivisível. Anjos e demônios esvoaçariam coloridos pela sala, mas o caçador de borboletas permanece parado, olhando para a frente, um cigarro aceso na mão direita, um cálice cheio de vinho na mão esquerda. A presença do outro latejaria a teu lado, quase sangrando, como se o tivesses apunhalado com tua emoção não dita. Tuas mãos apoiadas em bengalas mentirosas não conseguiriam desvencilhar o gesto para romper essa espessa e invisível camada que te separa dele. Por um momento desejarás então acender a luz, dar uma gargalhada ridícula, acabar de vez com tudo isso, fácil fingir que tudo estaria bem, que nunca houve emoções, que não desejas tocá-lo nem conhecê-lo, que o aceitas assim latejando amigo velo remoto, completamente independente de tua vontade, te todos esses teus informulados sentimentos. No momento seguinte, tão imediato que nascerá, gêmeo tardio, quase ao mesmo tempo que o anterior, desejerás depositar o cálice, apagar o cigarro e estender duas mãos limpas em direção a esse rosto que sequer te olha, absorvido na contemplação de sua própria paisagem interna. Mas indiferente à distância dele, quase violento, de repente queres violar com tua boca ardida de álcool e fumo essa outra boca a teu lado. Desejarás desvendar palmo a palmo esse corpo que tá tento tempo supões, até que as palma famintas de tuas mãos tenham percorrido todos os caminhos, até que tua língua tenha rompido todas as barreiras do medo e do nojo, tua boca voraz tenha bebido todos os líquidos, tuas narinas sugado todos os cheiros e, alquímico, os tenha transmutado num só, o teu e o dele, juntos - luz apagada, peças brancas de roupa cintilando, jogadas ao chão. Desejá-lo assim, a esse outro tão íntimo que às vezes julgas desnecessário dizer alguma coisa, porque enganado supões que tu e ele, vezenquando, sejam um só, te encherá o corpo de uma força nova, como se uma poderosa energia brotasse de algum centro longínquo, há muito adormecido, quem sabe dessa luz oculta, é então que sentes claramente que ele não é tu e que tu não serás ele, essa coisa, o outro, que mágico ou demoníaco, deliberado ou casual, te inflama assim, alucinando tua alma. Queres pedir a ele que, simplesmente sendo, te mantenha nesse atormentado estado brilhante para que possas iluminá-lo também com teu toque, com tua língua terna, com a vara de condão de teu desejo. Mas ele nada sabe, nem saberá se permaneceres assim, temeroso de que uma palavra ou gesto desastrados seriam capazes de rasgar em pedaços essa trama onde te enleias cada vez mais sem remédio, emaranhado em ti, em tua viva emoção, emaranhado no desconhecido de dentro dele, o outro - que no lado oposto do sofá cruza as mãos sobre os joelhos, quase inocente, esperando atento, educado, que de alguma forma termines o que começaste. Muito mais que com amor ou qualquer outra forma tortuosa de paixão, será surpreso que o olharás agora, porque ele nada sabe de tu próprio poder sobre ti, e neste exato momento poderias escolher entre torná-lo ciente de que dependes dele para que te ilumines ou escureças assim, intensamente, ou quem sabe orgulhoso negar-lhe o conhecimento desse estranho poder, para que não te estraçalhe impiedoso entre as unhas agora calmamente postas em sossego, cruzadas nas pontas dos dedos sobre os joelhos. Ah: fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro o cheiro preciso dele. Que não suspeitará de tua perdição, mergulhado como agora, a teu lado, na contemplação dessa paisagem interna onde não sabes sequer que lugar ocupas, e nem mesmo estás. Na frente do espelho, nessas manhãs maldormidas, acompanharás com a ponta dos dedos o nascimento de novos fios brancos nas tuas têmporas, o percurso áspero e cada vez mais fundo dos negros vales lavrados sob teus olhos profundamente desencantados. Sabes de tudo sobre esse possível amargo futuro. Sabes também que já não poderias voltar atrás, que estás inteiramente subjugado e as tuas palavras, sejam quais forem, não serão jamais sábias o suficiente para determinar que essa porta a ser aberta agora, logo após teres dito tudo, te conduza ao céu ou ao inferno. Mas sabes principalmente, com uma certa misericórdia doce por ti, por todos, que tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa. Só não saberás nunca que neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva . Como um trapezista que só repara na ausência da rede após o salto lançado, acendes o abajur do canto da sala depois de apagar a luz mais forte. E começas a falar."
(Natureza Viva - Caio Fernando Abreu)
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Porque hoje só Caio me entenderia... Fui ler de novo meu conto preferido dele.
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P.S. Quero falar de um filme que assisti ontem, mas falarei em outro momento.

O frio

- Posso apertar a tua bunda?
- Sim (uma resposta afirmativa para uma pergunta sem contexto)
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Situação inesperada, pessoas divertidas, conversas engraçadas, findi bem frio aqui no Sul, mas aquecido por bons momentos. E ainda teve chocolate quente, passeios do mato, feira de legumes, filmes antigos, cafezinhos, comidinhas gostosas nham nham.
O frio tem seus lados bons, um deles é desfrutar do nosso "home sweet home", porque dá preguiça de sair pra rua, aí ficar na cama até às 16h faz tão bem, revigora. Por outro lado, não há frio suficiente para impedir passeios pela boa POA.
E a semana começa light, mas no decorrer teremos mais encontros, vejo vocês por aí então!
Beijocas!
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P.S. Saudade de algumas pessoas... snif snif

Amor que nunca morre

- Joss, super Joss, tu é gente fina mesmo.
- Sou?
- Aprendi que amizade é coisa séria, por isso tenho orgulho de ter uma amiga como tu!
- Amizade é mesmo coisa séria, mas também é coisa engraçada.
- Nunca vou esquecer quando eu te conheci e bem louca já fui falando que te amava, e tu respondeu: "como vai me amar se nem me conhece?"
- Pois é... Lembro disso também!
- Aquilo me tocou profundamente
- Mas foi só questão de tempo, depois que nos conhecemos nos amamos mutuamente.
- E hoje posso dizer que te amo mesmo, porque já te conheço e quero fazer parte da sua vida sempre
- ô minha linda, obrigadaaaa, digo o mesmo. Senti muita falta tua quando estivestes ausente.
- Tu é uma esmeralda, uma pedrinha valiosa, que não se tem em qualquer lugar.
- Ai guria, para com isso!
- Então Srta. Raridade, só te digo que te amo de verdade.
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Gosto muito de bater papo, com amigos então, nem se fala, e as vezes as conversas tomam rumos inesperados. E de um assunto qualquer surgem as lembranças de algo que fizemos, o modo como nos conhecemos e com isso vem os elogios, os momentos "rasgando seda", mas é tão legal ouvir coisas positivas das pessoas que gostamos, faz bem para a alma e para o coração.
Amigos, tesouros que devemos guardar em um lugar bem seguro. Porque, segundo Quintana, a amizade é um amor que nunca morre.

O amor é para todos

Um dia normal de trabalho, de conversas, de trocas. Um amigo me diz que precisa conversar e vai logo me perguntando porque pessoas como nós - intensas, sinceras, carinhosas, fiéis, queridas pelos amigos e, segundo eles, cheios de coisas boas - não conseguem amar e ser amados.
Ele começa com essa pergunta, para depois me dizer que, com 29 anos, se vê apaixonado por uma pessoa de 18, comprometida, que fica na volta dele querendo uma amizade e porque gosta da companhia dele, dos momentos em que passeam juntos, que assitem filmes, que dividem a mesma cama, o mesmo prato, que conversam, que fazem coisinhas simples, mas que tem um valor enorme. Só que ele, meu amigo, quer mais, porque se encantou com a pessoa desde o primeiro momento em que a viu e me pergunta: "Porque não temos a mesma intensidade no gostar?"
Aí ele chora, comenta que não á primeira vez que tem um amor não retribuído, acha que o amor não é para ele, diz que é difícil ficar numa situação assim e que as vezes tem vontade de largar tudo e sair correndo para um lugar, bem longe de tudo.
Eu, na minha qualidade de amiga - amiga otimista - tento mostrar que nem sempre vai ser assim, que temos muitos obstáculos e dificuldades para encontrar nosso amor, aquele que nos completa e nos é recíproco em todos - ou quase todos - os sentidos. Se fosse fácil não teria graça. Para uns demora mais e mais outros menos, mas todos um dia vivem um grande amor, e este, é eterno enquanto dura, enquanto a outra parte nos dá o que precisamos e vice-versa. Talvez se procurássemos pensar mais em receber das pessoas o que elas tem para nos dar e não exigir delas o que precisamos, teríamos mais sucesso no amor.
A vida é feita de muitos caminhos, se em um deles não encontramos o que buscamos devemos voltar e tentar outro, e é assim em todos os lados de nossa vida, não seria diferente no campo amoroso. Aproveita e aceita das pessoas o que elas podem/querem te dar, mas busca sempre o que tu quer... uma hora tu encontra... ou conquista.