Eu notei...

"Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar
Me disseram uma vez
Que o danado do amor
Pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar
Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor
Quando a gente ama, brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor
Quando a gente ama, é um clarão do luar
Que vem abençoar
O nosso amor"
(O que é o amor - Maria Rita)
.

Eu notei quando pegou uma caixa de bombom na prateleira do mercado, achou que eu não tinha notado, mas eu noto sim, apesar de parecer que ando no meu mundo encantando e não presto atenção em muitas coisas, até o sorrisinho que despreendeu para a atendente do caixa eu notei (ciúme bobo), notei também que é detalhista até para cortar a batata da sopa, notei que trouxe um saca-rolhas especial para abrir o vinho (que foi, literalmente, pelo ralo), notei que uma certa tristeza invadiu seus olhos quando falei uma coisa idiota, notei que posso mudar em alguns aspectos sem que isso interfira na minha personalidade, notei que posso ser eu sempre, mesmo que mude atitudes, notei que rir de alguns sintomas da senilidade das pessoas é algo feio (ah, mas foi engraçado), notei que é tão bom realizar alguns sonhos, por mais bobos que pareçam, notei muita coisa e continuo sempre notando, e, principalmente, notei que, depois de ontem, acredita de verdade em mim.

Doce Pelotas

Nesse findi dei um pulinho em Pelotas, cidade gostosa, com pessoas queridas, que adooooooro demais - e agora com mais uma pessoa querida - que espero que seja muito feliz lá, uma pessoa que vou sentir uma falta enorme, mas que vou visitar sempre que tiver oportunidade.
Conheci um pub muito legal, New York Irish Pub, pessoas bonitas, decoração de muito bom gosto, aconchegante, boa música. Um pub estilo irlandês, mas com esse nome? pois é... também não entendi na hora, ainda mais que no banheiro masculino tinha uma foto no John Kennedy e no feminino da Marilyn Monroe, mas quando vi algo escrito nas portas entendi. É um lance meio assim: umas refugiados irlandeses que foram para os EUA e ficaram numa taverna que se chamava New York Irish Pub, mais ou menos isso.
No mais, fiquei de papo com amigos que não via há algum tempo, dormi ouvindo o barulho da chuva, muitas degustações de coisinhas boas e muitas risadas, assim foi o findi.
Isso tudo fez amenizar um pouco a saudade de uma certa pessoa que estava viajando.
Para terminar o post de hoje, um beijo grande para a mais nova integrante do meu clã de amigos que moram em Pelotas.

7 motivos para sorrir

Chaveirinho do grêmio - $ no Mastercard
Ver um ser colorado entrar numa loja do Grêmio - Não tem preço
.
Coraçãozinho de pelúcia - $ no Martercard
Dormir sentindo o perfume de quem se gosta - Não tem preço
.
Garrafa de Moscatel Cavalleri - $ no Mastercard
Ganhar um espumante e um bilhete num guardanapo de papel no final da noite - Não tem preço
.
E hoje com uns 7 motivos para sorrir, afinal não é todo dia que teu time faz 7 X 1 né?
Não me ligo muito em futebol, mas como quase tudo anda me alegrando ultimamente, foi prazeroso ver o Grêmio ganhar do Figueirense ontem, só não foi melhor por que minhas amigas catarinas ficaram meio tristes né. Mas, faz parte.
Meus 7 motivos para sorrir hoje:
1) A vitória do Grêmio
2) Reunião com os amigos
3) Pensar em fazer loucurinhas (e nas que já fiz)
4) Relembrar algumas supresas
5) Saber que alguém gosta de mim
6) Borboletas na barriga
7) Sentir o cheiro de alguns (três) perfumes

Mais uma vez

"Te tenho com a certeza de que você pode ir
Te amo com a certeza de que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende
Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
Que o nosso amor está acima das coisas... desse mundo
Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Eu espero, por você o tempo que for
Pra ficarmos juntos mais uma vez!
Te tenho com a certeza de que você pode ir,
Te amo com a certeza de que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca... somos dois
Vai dizer que o tempo não parou naquele momento
Eu espero por você o tempo que for
Pra ficarmos juntos mais uma vez...
Não parou naquele momento
Eu espero por você o tempo que for
Nós vamos estar juntos
Estar juntos
Mais uma vez..."
.
(Mais uma vez - Jota Quest)
.
Espero sim, pra ficarmos juntos muitas e muitas vezes. Ainda mais sabendo que essa ausência, vai doer um pouco pela saudade, mas vai te trazer muitas coisas boas e te deixar feliz.

Serenata de amor

"Segundo alguns psicanalistas quando se apaixona, você não se relaciona com alguém de carne e osso, mas com uma projeção criada por você mesmo; e a projeção que fazemos é a de um ser absolutamente perfeito, mas depois de um período a projeção acaba e você passa a enxergar de verdade a pessoa com quem está se relacionando.
Invariavelmente, algumas virtudes do parceiro ou da parceira vão embora junto com a projeção, outras ficam. E se o que ficou de cada um for suficiente para os dois, a relação perdura, caso contrário, ninguém sabe o que faz o botãozinho ligar e iniciar uma nova projeção, mas fortes indícios apontam para um único e delicioso suspeito, o Serenata de Amor. O amor é inexplicável, mas tem umas coisas que você pode entender!"
*texto da propaganda do bombom serenata de amor
.
Todos temos projeções, idealizamos uma pessoa, mas quase nunca encontramos alguém desse jeito, eu não arriscaria dizer que isso é impossível, porque não é, acho que existe.
Mas admito que tem mais sabor encontrar alguém que - a princípio - não tem nada do que você planejava, mas te faz uma pessoa feliz. Tapa na cara! Porque, por exemplo, você imaginava encontrar um ser que não fumasse, que fosse extrovertido, mais alto que você, entre outras coisas, mas aí você se apaixona por uma pessoa que fuma, um alguém introvertido e que tem 2 cm a menos. O que você faz? Hein?
A essa altura está tão encantando vivendo momentos maravilhosos, que nem lembra mais quais eram mesmo suas projeções. E por isso que eu digo... a vida é uma cereja!

Sabedoria oriental

- As vezes eu queria mudar umas coisas em mim, no meu jeito, mudar umas visões que tenho.
- Não exija demais de você e dos outros, preserve suas linhas de pensamento e conduta, mas seja um pouco flexível. Lembre-se, o que é mais fácil quebrar? Um pau seco ou um bambu?
- Um pau seco. Por quê?
- Porque o bambu é mais maleável, ele vive mais tempo e passa por todas as tempestades sem cair. Entende a analogia?
- Acho que sim, mas explica, gostei de te ouvir.
- Se tu tiver uma tempestade, um vendaval, numa floresta ou num mato de bambu, com certeza o prejuízo maior será na floresta, porque quando somos mais maleáveis sofremos menos, caímos menos, temos menos depressão e com isso damos mais chances à novas oportunidades, não perdemos tanto tempo lamentando o passado. Não estou dizendo que passemos por cima dele, mas que aprendamos a usar o tempo a nossa favor. Quando somos rígidos demais com nossos sentimentos (de bem ou de mal) a cada pancada que levamos demoramos demais para levantar e quando conseguimos nos reerguer percebemos o quanto tempo se passou e na verdade a vida continua ali, viva. Não estou dizendo pra abrir mão dos princípios, jamais, mas pra sermos sábios... com nossas tristezas e depressões. Que façamos com que as interpéries da vida apenas nos dê umas balançadas nos galhos, mas que jamais arranquem nossas raízes.
- Muito legal isso que tu falou. Tens plena razão.
- É sabedoria oriental. Certa vez li algo parecido. Temos sim que valorizar o que temos de bom, deixar isso ser mais forte que nossos defeitos. Tu me acha uma pessoa legal?
- Legal? mas claro, eu gosto muito de ti, por isso que implico contigo e fico tomando o café e a água que tu serve pra ti, pego os relatórios que tu imprime e eu sempre esqueço, me deito no teu ombro com sono por acordar cedo. Me diz, com quem mais faço isso nas reuniões? Pra quem fui mostrar meu carro novo logo que comprei? Ainda pergunta isso... Mas porque a pergunta?
- Tu acha que não tenho defeitos? Que não me deprimo? Que não tenho minhas quedas? Minhas chatices? Minhas manias? Tenho... mas procuro deixar ficar mais a tona o que faz as pessoas se sentirem bem do meu lado.
- Sim, eu sei disso e também penso assim. Tento agir dessa maneira. Mas não estou triste, apenas comentei contigo algo que estava me incomodando.
- Eu sei, te conheço. Mas, enfim, dê uma chance à você, seja um grande bambu!

Filha, escolhe um lugar

Uma mãe, um pai e uma filha, esta com 7 anos de idade. Três pessoas que formam uma família.
Um dia normal, o pai foi viajar à trabalho, a mãe foi trabalhar e a filha, em férias na escola, foi para a casa de sua avó materna. Quando, antes de dirigir-se para o trabalho, a mãe deixa a filha, ela diz: "mamãe vem te buscar mais tarde".
Algo inesperado acontece no trabalho e ela precisa ficar até mais tarde, liga para a filha e diz que ela vai dormir na casa da avó e no outro dia de manhã a mãe vai buscá-la. A filha não aceita muito a idéia, mas diz que tudo bem e despede-se com um beijo de boa noite.
Na manhã seguinte, a mãe, que está indo para casa da avó buscar sua filha, recebe uma ligação de uma amiga que precida de uma carona e está atrasada para uma reunião urgente.
Ela muda a rota e vai ao encontro da amiga que, para agradecer propõe que almocem juntas mais tarde, no meio do almoço uma ligação da filha: "mãe, você esqueceu de mim?" A mãe explica mais uma vez que teve um problema, mas que à noite, quando sair do trabalho vai buscá-la. Sem que a mãe perceba a menina deixa cair uma lágrima, e despede-se novamente.
No final do expediente a mãe sai correndo para encontrar sua filha. No portão, a menina vem rapidamente ao seu encontro e a mãe diz: "filha, desculpe pela demora, mamãe sentiu saudades, pode me pedir o que quiser e escolher um lugar bem legal para irmos"
- O que eu quiser mesmo, mamãe?
- Claro filha, pode escolher.
- Quero ir na Livraria Cultura, comprar um livro.

Por que choramos?

- Por que está chorando? Eu perguntei um dia para alguém...
- Porque não sou uma boa mãe;
- Porque sinto saudade de uma pessoa que não me ama mais;
- Porque me sinto sem forças para me levantar de novo;
- Porque meu irmão está no hospital;
- Porque não tenho grana p/ comprar o uniforme do meu filho;
- Porque minha mãe não me deixou ir numa festa;
- Porque meu pai me bateu;
- Porque vi um filme muito triste;
- Porque minha cabeça está doendo;
- Porque bati a porta do carro no meu dedo;
- Porque estou com raiva do meu chefe;
- Porque tenho medo do escuro;
- Porque vi meus pais realizando um sonho;
- Porque comprei meu primeiro carro;
- Porque vi meu afilhado falando "didi" pela primeira vez;
- Porque me surpreendi c/ minha festa de aniversário surpresa;
- Porque recebi flores um mês depois de um primeiro beijo;
- Porque ouvi no rádio do carro uma canção.
Tem isso e muitas outras coisas que nos levam a chorar. E chorar, por vezes nos faz mal, mas aliviam, por vezes nos faz bem.
Escrevi sobre isso porque desde ontem ando chorando. Ontem chorei de rir, e as lágrimas, junto com as risadas, eram incontroláveis.
Hoje de manhã chorei enquanto dirigia para o trabalho, aí a mistura foi uma música e algumas lembranças. É bom parar e pensar no que fizemos de bom no passado e que nos traz saudade hoje, a faculdade, os amigos que moram longe, as aventuras, as conversas, tudo que é feito ao lado de seres do bem deixa um doce sabor de saudade.
O bom é que depois de tanta água o dia começou super bem e o sol brilha lindamente por aqui.

A sala dos livros mortos

"No seu primeiro dia como funcionária daquela biblioteca pública, Ana Lygia foi levada pela diretora para conhecer o prédio. Subiram e desceram escadas, o elevador há muito tinha sido desativado por falta de verba de manutenção, por sorte eram apenas três andares, mais o porão. Secretaria, diretoria e salas e salas repletas de livros em estantes de metal, uma pequena sala de convívio, uma saleta para os jornais. Existia até uma quantidade razoável de volumes, ainda que o acervo estivesse desatualizado em relação à atual literatura brasileira. Quanto à mundial, a atualização era sentida pelos best-sellers, por aqueles que tinham sido os mais vendidos nas revistas semanais.
Finalmente, desceram ao porão, havia montes de caixas com doações de livros ainda em fase de estudos, o que valia e o que não valia a pena, porque os doadores em geral entregam à biblioteca o que não querem em casa e o que ninguém quer e não presta para nada. Duas saletas com material de limpeza e uma sala com porta de ferro, trancada.
- E aqui?
- Ninguém entra. É a sala dos mortos.
- Mortos?
- Sim, a sala dos livros retirados de circulação.
- Retiram? E qual o critério?
- Se em cinco anos ninguém retirou o livro, ele é descartado do mundo dos livros vivos.
- E ficam aqui? Quanto tempo?
- Para sempre.
- Não podem ser doados a outras bibliotecas, ao público? Avisam: quem quiser livros venha buscar? Assim talvez continuem vivos!
- A lei não permite. É um bem público. Pertence ao patrimônio. É a situação mais complicada que existe, porque a burocracia impede essa doação, é preciso montar um processo jurídico e, como todo processo jurídico, se eterniza. Nem vale a pena, o melhor é esquecer.
- Posso ver a sala?
- Melhor não entrar. Aliás, tem um problema, a chave foi perdida, para mandar fazer outra monta-se um processo administrativo.
- Talvez tenha livros interessantes que eu queira ler.
- Não adianta, a lei diz que devemos inutilizar. Quando o livro vem para cá, tem uma determinada página arrancada, ou duas, uma do começo, outra do final.
Leitora desde a infância, Ana Lygia lembrou-se do Barba-Azul e do famoso cômodo no qual suas esposas não podiam entrar e quando entravam eram assassinadas. Sua curiosidade aumentou. Ela começou a trabalhar e meses mais tarde foi designada para um plantão de domingo, uma experiência nova. Aconteceu de ser dia chuvoso e ninguém foi à biblioteca. Ana Lygia lembrou-se da sala dos mortos, desceu, experimentou, trancada. Subiu, perguntou a uma auxiliar se sabia onde estava a chave, ela apontou para uma gaveta, disse que ali havia umas cem chaves, talvez fosse uma delas. Ana Lygia colocou-as em uma caixa e desceu. Começou a experimentar uma a uma.Algumas ela descartou pelo tamanho, outras entravam, não giravam, ela não forçava, com medo de quebrar. Exercício de paciência. Também, ela não tinha nada a fazer. Finalmente, a chave 83 funcionou. Veio de dentro um cheiro abafado de mofo e umidade, ela abriu totalmente a porta, esperou. Procurou o interruptor e uma luz amarelada inundou o cômodo de fantasmas. Havia pilhas de livros amontoados até o teto. E, em volta, junto à parede, uma coleção de extintores de incêndio. Contou 35, cada um de um modelo, percebeu que alguns eram velhos, outros pré-históricos. Poderiam ser alinhados em um museu, ali estava a evolução dos extintores, os mais antigos enormes, desajeitados, para manobrar aquilo seriam necessárias duas pessoas.Havia ainda relógios de ponto, alguns estapafúrdios, palavra que ela associou à idade do equipamento. Também fariam o encanto do velho Dimas de Melo Pimenta, um ícone da relojoaria nesta cidade. Ela experimentou mexer nas alavancas, umas travadas pela ferrugem, outras funcionaram com um ruído seco. Quantos teriam sido pontuais, quantos o relógio teria punido? Gostava de imaginar coisas assim, afinal, havia um quê de ficcionista dentro dela, daí sua paixão pelos livros e por ter escolhido a profissão.
Ana Lygia percorreu aquele porão empoeirado contemplando escovas, vassouras, rodos, baldes furados, panos de chão podres, latas de cera, tubos de desinfetantes, detergentes, latas com pedacinhos de sabão, escovões. Nossa, há quantas décadas o escovão desapareceu da cena doméstica, quem ainda encera a casa? Tudo que devia ser descartado, porém era impossível, tratava-se de patrimônio.Afinal, dedicou-se aos livros. Estendeu a mão, curiosa, puxou um. A Menina Morta, de Cornélio Penna. Puxa, esqueceram o Cornélio? Ninguém o leu por cinco anos? Foi folheando, livro grosso, talvez isso tenha assustado. Lendo. De repente percebeu a página arrancada. Apanhou outro livro, A Montanha Mágica, de Thomas Mann. E José de Alencar, Lúcio Cardoso, Ibiapaba Martins, Osman Lins, Mário Donato (puxa, fez tanto sucesso nos anos 50), José Geraldo Vieira, John dos Passos, Romain Gary, Malcolm Lowry, Oscar Wilde, Maria Alice Barroso. Todos mutilados. Apanhou um deles, escondeu debaixo da blusa. Levou para casa. Na biblioteca de um amigo encontrou um exemplar completo, digitou a página faltante, colou dentro do volume doente. A cada semana, leva um embora, recupera. Ela imagina que em alguns anos terá recuperado todos. Leva para bibliotecas comunitárias, existem várias. A simples idéia de ver um livro reciclado, ou queimado, a deixa doente.Mais fácil comprar outro? Sim. Mas e o prazer de salvar um livro?"
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A sala dos livros mortos - Ignácio de Loyola Brandão
(A diferença não é o que você faz, mas como faz)

Pink Girl e o verbo abstrair

"O lema é... abstrair
Então...
Ouvi essa frase as 8h e 10min. da manhã de hoje da minha melhor amiga (ela faz parte da saga ainda não terminada "as melhores coisas da minha vida" ) vindo pro trabalho. E olha, ela tem razão!
Vamos realmente nos abstrair d tudo q nos faz, infelizes ou simplesmente nos incomodam... Isso vale desde daquela pelezinha no canto da unha até cometários maldosos ou aqueles tem como único objetivo "cortar seu barato".
Abstrai-se tb do medo, da insegurança, da ruga ou visgo do meio da testa, dos falsos amigos, falsos sorrisos, ilusões, decepções, más recordações, vixe!!! poderia passar toda manhã aqui listando coisas q vc deve abstrair da sua vida senão pra sempre, mas pelo menos por hoje, por agora, por instantes...Mas a vida não é um morango, eu tenho q trabalhar e só vou dizer mais umas palavrinhas.
Sabe pq vc deve tentar s abstrair de todas as coisas ruins ?????????
Pq o dia amanheceu pra vc
Pq vc levantou hoje
Pq vc tem família
Pq vc está vivo!!!!!!!!!!!!!!!
Esse por si só é motivo suficiente pra vc ao menos tentar se abstrair, e senão conseguir, abstrai-se disso tb, levante a cabeça e tente novamente...
Outro bom motivo pra abstrair-se é q hoje é Sexta-feira, vamos lá pessoas, animação!!!!
O fato de estar nublado não significa q o o sol não está lá! (ai... adorei essa minha frase... poética não??!!!!)

bjks,
Euzinha, fazendo jus ao pseudônimo..toda de rosa hehehe"
.
E aí a pink girl, minha amiga poderosa, escreveu isso no blog dela. Achei muito legal, sinal que minhas palavras significam alguma coisa para ela hehehe
E realmente o jeito é abstrair as coisas que nos fazem mal e assimilar as que nos causam sensações boas.
Um ótimo findi, de uma pessoa que há 3 semanas não come carne :-)

Angels in America

Por indicação de um amigo, que tem um ótimo senso crítico, aluguei um filme, de quase 6 horas, para assistir. Cansativo? Que nada, as abordagens são ótimas e os atores então, sem comentários. Al Pacino, Meryl Strip Streep, Emma Thompson, Justin Kirk (que eu não conhecia, mas que faz uma atuação maravilhosa), entre outros. Era uma série que virou filme, uma série que ganho muitos prêmios.
Basicamente o tema abordado é em relação à aids na Década de 80, onde ela ainda era vista como doença de homens homossexuais, tratada com muita aversão por muitos, principalmente por desconhecerem que não era uma doença transmitida por toques, abraços, etc.
Não sendo este o único preconceito presente no conteúdo do filme, que mostra ainda uma crítica ao governo americano da época, ao mesmo tempo tratando da questão no nacionalismo/patriotismo, muito forte em alguns americanos.
Aborda de maneira muito minuciosa os conflitos humanos e mostra os vários sentimentos em que se funde o homossexual, mostrando seu lado humano também - diferente do que muitos preconceituosos acham - carência, coragem, perversão, fragilidade, enfim, coisas que qualquer pessoa tem.
Em alguns momentos do filme dá vontade de chorar, o sofrimento enfrentando por pessoas doentes; o orgulho de alguns, que mesmo sabendo que a morte está chegando, conseguem ser frios e arrogantes, espantando de perto pessoas que só queriam curtir mais uns momentos ao seu lado; a luta contra sentimentos que batem forte dentro do peito, deixando acuadas em um canto qualquer pessoas sem coragem para enfentar a vida e outros momentos de muita sensibilidade nos levam à várias sensações.
Realmente um filme inteligente e polêmico. Mas vale dizer que não é um filme que qualquer possa assistir, é importante gostar de cinema e ter a mente aberta.

Caixa de sentimentos

Tenho uma caixinha na qual guardo todas as cartas, bilhetinhos, desenhos, enfim, coisinhas escritas que ganhei dos meus amigos ao longo da vida, vai desde cartões gigantes até guardanapos de papel escritos em alguma mesa de bar.
As vezes quando preciso de algo e não acho, no meio da procura, acabo abrindo essa caixa e lendo algumas coisas, fora alguns que guardo na agenda, aí quando bate a saudade eu vou ali rapidinho e dou uma olhada.
Hoje tava organizando minha agenda e encontrei alguns bilhetinhos e pensei coisas como: "foi tão legal nesse dia" ou "porque as coisas mudaram?"
Algumas coisas mudam, mas outras adormecem apenas, e quando acordam a intensidade vem bem maior. É o caso, por exemplo, de quem mora longe, o sentimento existe firme e forte, e fica mais intenso quando as pessoas se encontram. Por vezes fico chateada com atitudes de pessoas que, em uma época, eram tanto e hoje parecem ser quase nada. Talvez sejam as tais fases da vida, talvez as coisas estejam adormecidas, mesmo que a distância seja mínima. Sinto saudade, mas pelo menos tenho os bilhetes, que ficam, trazendo boas lembranças, porque a saudade mostra que o passado valeu a pena. E, seguindo na mesma linha, o lance é fazer o presente e o futuro também valerem. Junto com a caixinha de bilhetes guardarei meus sentimentos, assim quando precisar deles saberei onde encontrá-los, estarão bem guardados.

O brilho de um anel

É como uma jóia, aquele anel lindo que você olha na vitrine de uma joalheria e ele destaca-se no meio de outros. Aí você entra, pergunta o preço e fica meio espantado com a resposta. Se você tivesse o dinheiro certamente pagaria, mas aí pensa que teria que economizar em outras coisas e por bastante tempo. É apenas um anel, lindo, mas um anel.
E, como um anel lindo em uma vitrine de uma loja, voltei meu olhar para um alguém que conheci na mesa de um bar. E já chegou, chegando, com ar debochado (acho que provei no meu veneno), mas achei isso tão atraente, pessoas com senso de humor são ótimas. A noite passou, papos, conversas, risadas e, no final, um "adorei te conhecer"
No dia seguinte um convite, um sim, e mais uma noite muito divertida. E no meio disso acho que minha boca combinou com a tua nuca e o teu olfato apreciou o cheiro do meu cabelo.
Tão encantadoramente doce o modo como falou meu nome algumas vezes, o jeito manso de pedir as coisas e o modo carinhoso como se aconchegou junto de mim, tudo isso tornou teu brilho bem parecido com o tal anel da vitrine.
Mas nem sempre se adquire coisas tão caras assim, aí o jeito é passar na frente da joalheira as vezes e ficar somente admirando e lembrando das vezes em que pediu à atendente para provar o anel. E, quem sabe, pedir novamente uma prova.

Os animais

'Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e, neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.'
Leonardo da Vinci (1452-1519)