Para 2009

No final de 2007 postei umas coisas que eu queria para 2008. Até que consegui algumas, outras tentei, outras nem lembrei.
Para 2009 eu não planejo nada específico, apenas ser feliz e amar muito. Os planos específicos vou tramando ao longo do ano, no momento que der vontade.
Um 2009 cheio de cerejas então!

Vida

- Acorda Joss! Bom dia minha vida!
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"Vida é chuva, é sol, uma fila, um olá
Um retrato, um farol, que será, que será?
Vida é o filho que cresce, uma estrada, um caminho
É um pouco de tudo, é um beijo, um carinho
É um sino tocando, uma fêmea no cio
É alguém se chegando, é o que ninguém viu
É discurso, é promessa, é um mar, é um rio
Vida é revolução, é deixar como está
É uma velha canção, Deus nos deu, Deus dará
Vida é solidão, é a turma do bar
É partir sem razão, é voltar por voltar
Vida é palco, é platéia, é cadeira vazia
É rotina, odisséia, é sair de uma fria
É um sonho tão bom, é a briga no altar
Vida é o grito de gol, é um banho de mar
É inverno, é verãoVida é mentira, é verdade
E quem sabe a vida é da vida a razão"
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A palavra vida é tão bonita né?
Vida...
Vida...
Vida...

O meu amor

O meu amor tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca quando me beija a boca
A minha pele toda fica arrepiada
E me beija com calma e fundo
Até minh'alma se sentir beijada
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos
Com tantos segredos lindos e indecentes
Depois brinca comigo, ri do meu umbigo
E me crava os dentes
Eu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
Que me deixa maluca, quando me roça a nuca
E quase me machuca com a barba mal feita
E de pousar as coxas entre as minhas coxas
Quando ele se deita
O meu amor tem um jeito manso que é só seu
De me fazer rodeios, de me beijar os seios
Me beijar o ventre e me deixar em brasa
Desfruta do meu corpo como se o meu corpo
Fosse a sua casaEu sou sua menina, viu?
E ele é o meu rapaz
Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz
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O Meu Amor (Chico Buarque)

O amor e uma cabana

Resolveu então, como seu aniversário era domingo, passar um final de semana especial, em um lugar distante da civilização, do barulho das teclas do computador, das buzinas dos carros e do telefone. O destino? Um lugar onde o único barulho era da água que caia por entre as pedras e dos passarinhos que anunciavam um dia lindo de sol (ou dos sapos anunciando chuva). Dirigiram pela estrada repleta de flores por todos os lados, bela essa estação primavera. Ouviram muita música no caminho, cantaram alegremente, como se nada mais existisse, na verdade parecia não existir. Papos, risadas, declarações e amor, tudo isso entraram em sintonia perfeita com o ambiente, digno de duas pessoas apaixonadas e completas, completas porque naquele final de semana foi o que bastou para a felicidade total, o amor e uma cabana, apenas.

Uma história de amor

Faltou eu dizer que estou muito feliz!
Fico feliz quando duas almas se encontram e, juntas, escrevem uma linda história. Então... Que essa história de amor seja tão linda como a minha está sendo.

Caio Fernando Abreu

Não sei dizer porque, mas quando estou com medo eu leio Caio.
E porque estou com medo? Não verdade não é medo, propriamente dito, mas uma sensação de que poderia ter feito melhor e não fiz. Me sinto tão bem em um lado da minha vida, mas hoje percebi que tem um lado meu que cansou, o lado de querer "abraçar o mundo" no meu trabalho. Tenho que entender que as pessoas são medíocres e só vão mudar quando quiserem, ou melhor, entender que, as vezes, o que pra mim parece mediocridade, para outros é algo bom e a vida segue assim. Mas acho que essa sensação é passageira, amanhã já vou estar levantando a minha bandeira "a vida é uma cereja" por aí de novo. Por enquanto leio Caio.
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"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez." (Do conto: "Os sobreviventes". Que, segundo Caio, deveria ser lido ao som de Angela Ro-Ro)
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"Desistir não é nobre. E arduamente, não desistimos.
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"É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado."
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"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda"
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"Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas."
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"Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta e você me leva pra Creta, Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo bem." (Do conto: "Anotações sobre um amor urbano". Esse trecho é para o meu amor)
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Poderia deixar mil frases dele aqui, cada uma mais profunda que a outra. Umas que nos soam como música boa e suave, outras que parecem dilacerar a alma. Pra terminar o post, deixo essa:
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"Abrace a sua loucura antes que seja tarde demais"

Uma biblioteca

Por Luiz Antônio de Assis Brasil
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"Uma biblioteca não é apenas um lugar em que ficam os livros. Uma biblioteca é um lugar que nos pega por todos os sentidos. Os livros nas estantes, sábios numa assembléia, estão ali, olhando-nos sem curiosidade: eles têm séculos de existência à nossa frente, eles sabem de onde viemos e para onde vamos. Uma biblioteca não terá fim. Bibliotecas são para sempre. Ali se respira o ar do tempo que, em seu lento evoluir, cria romances, novelas, contos, tratados, compêndios, ensaios, artigos, poemas, dicionários, enciclopédias, e também jornais, revistas. Uma biblioteca tem o cheiro do tempo. As páginas, amarelecendo como se estivessem num perpétuo outono, possuem um perfume que só os iniciados conhecem. Ao olharmos à distância para uma estante de biblioteca, não distinguiremos os nomes dos autores, nem os títulos dos livros. Todos os livros parecem iguais. Enquanto não nos aproximarmos, eles irão manter-se numa velada promessa. Isso é bom; isso incita à aproximação. Esse zoom que fazemos com ansiosa expectativa, ao chegar perto das lombadas, revela-nos os títulos, os nomes, numa descoberta caprichosa, quase solene e, ao mesmo tempo, íntima. É como uma descoberta do mundo. Ao levarmos a mão a um livro, ele se torna nosso. Mesmo que saibamos que ele já foi muito manuseado e que depois passará a outras mãos, naquele instante único ele é nosso. Só nós temos o direito de lê-lo. Na leitura silenciosa não há partilha. É um bem-vindo egoísmo, uma luxúria do espírito. Mas há novidades neste mundo tão antigo. Depois de quase 500 anos, começam a surgir outras modalidades de uma obra chegar a seu leitor. Como nova geração, chega com algum alarde. Mas nós sabemos, também, que essas novas formas vieram para permanecer entre nós. Ótimo: são muito bem-vindas. Seus lugares já estão escolhidos: serão numa biblioteca. Ali conviverão em diálogo com as gerações mais velhas. Ali receberão o cuidado dos bibliotecários. Ali, esses generosos e eficientes funcionários saberão dar a palavra certa ao leitor. Ser bibliotecário é mais do que assumir uma profissão: é entender o mundo como uma ordem. Bibliotecários instauram o Cosmo em meio ao Caos. Assim, inaugurar uma biblioteca é dar um sentido a tudo o que o ser humano fez nesta longa trajetória sobre a Terra. Sem nenhum drama nem exagero podemos dizer: inaugurar uma biblioteca é um ato para a eternidade."
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Uma homenagem para a biblioteca na qual trabalho, que acaba de chegar ao número de 8 mil livros em seu acervo.

A Letra L

A letra L do seu nome
Vem na minha mente e entra
Nem sabe o quanto te adoro
Esse amor me apimenta
Com carinho me cobre
Na noite fria que chega
A gente pensa que escolhe
Com seus encantos me tenta
A gente se uniu com o amor
A gente sempre enfrenta o mal
Quando a gente ri até cansar
A gente se sente melhor
(Uma versão da música do Nando Reis.
Em homenagem a letra L gravada em mim)

Quem eu sou

"A única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais..." (Clarice Lispector)
E quem eu sou? Acho que não sei me definir completamente.
Mas eu sou o sorriso da minha mãe quando me vê chegando na casa dela; sou o suspiro do meu amor quando deita com cansaço no meu ombro e se aconchega para dormir; sou as palavras de orgulho da minha dinda quando fala de mim para outras pessoas; sou o abraço meio desajeitado dos meus irmãos machões; sou as gargalhadas que divido com meus amigos quando nos reunimos para falar besteira; sou o beijinho babado do meu afilhado; sou a confiança do meu chefe e o apoio dos meus colegas; sou a felicidade demonstrada por algumas crianças carentes que ajudamos; sou a dor na barriga de tanto rir de bobagens que eu falo/escuto; sou os doces gostosos que recebo de presente as vezes; sou o suco de abacaxi que adoro tomar em um dia quente de verão; sou o reencontro com pessoas que moram longe e que amo demais; sou a sopinha saborosa que tomo em dias frios; sou o aroma gostoso do perfume do meu amor quando me deito e o aroma do café que recebo na cama quando acordo; sou o frio na barriga quando tenho um desafio pela frente; sou o carinho nos depoimentos dos meus amigos sobre a minha pessoa e sou a decepção quando não sou o que eles esperavam de mim; sou as reflexões dos papos intelectuais que tenho com meus colegas de profissão; sou a emoção oriunda de uma música que ouço no rádio enquanto dirijo; sou a lágrima que faço rolar pela emoção de algumas pessoas; sou a vontade de ler mais e mais quando o livro é interessante; sou o sabor do champagne ou do vinho que degusto sempre em boa companhia; sou o conforto simples do meu all star e sou a elegância do meu scarpin; sou o poder da cor laranja; sou a afinação/desafinação das músicas que canto no videokê; sou a satisfação de um aluno que atendo e que encontra o que procurava; sou a delícia de uma tarde chuvosa em casa, com filme e pipoca.
Sou amor! sou Vida! E sou tudo isso e mais um pouco!

A chave

Saio do trabalho 15 minutos mais tarde;
Falo sobre meu dia, ao final dele;
O champagne tem um gosto especial;
Adormeço sentindo um cheiro tão bom;
Acordo às 6h, mas volto a dormir mais feliz depois;
O dia é ensolarado mesmo que o sol esteja encoberto;
Me preocupo mais com coisas domésticas;
Olho mais para o relógio;
Tenho mais entusiasmo;
Sinto mais orgulho de algumas coisas;
Penso menos nos problemas;
Repenso atitudes;
Mudo comportamentos;
Faço mais refeições em casa;
Programo melhor minha semana;
E sinto saudade desde o momento em que escuto o barulho da chave que cai no chão da sala.

PalavrasDeUmPresenteBom

"Tô me sentindo com tanta meiguice hoje, alias, essa semana me sinto assim. Acho que é overdose de amor... E de onde vem essa over? Vem de um novo horizonte... Um amor verdadeiro... Uma explosão de sentimentos bons. O início de uma vida... Me sinto um adolescente que faz bobagens amorosas, que sente frio na barriga. Sempre que te vejo... emoções a flor da pele. Eu te amo e isso sim é verdade. Não consigo viver um dia sem te ter ao meu lado. Sinto quando te deixo pela manhã, dói o coração, mas conto os minutos do dia pra ele terminar ao teu lado. Tu és o meu porto seguro... ao teu lado me sinto um bebê, totalmente vulnerável. Tens a chave do meu coração e entrou, fechou e permanece ali dentro."
Ouvir essas palavras foi... "sem palavras"

A vaca e seus amigos

Começando hoje mais uma semana, cheia de coisas para fazer, mas não tantas coisas, como na semana que passou.
Uma idéia que começou a ser colocada em prática no ano de 2006, neste sábado foi realizada completamente. A peça infantil que criei agora tem um figurino confeccionado em tecido e um cenário bem bonito, e ainda um elenco unido em prol de um mesmo ideal: levar alegria para algumas crianças carentes.
Sábado apresentamos a peça para um público de aproximadamente 150 pessoas, dentre elas, umas 120 eram crianças, sendo 100 de instituições carentes que ajudamos.
Tenho tantas coisas boas na vida, bons amigos, uma família, um lar, um trabalho que adoro, etc. E sou muito feliz com tudo que tenho, por isso tento levar um pouco de alegria para algumas crianças que, diferentemente de mim, vivem uma vida difícil, com carências e dificuldades.
Na semana que passou dormi pouco, tive dores musculares e trabalhei muito, mas tudo isso não foi nada quando vi as crianças rindo e aplaudindo a vaca e seus amigos bichos.
Quero agradecer aos meus amigos que apoiam minhas loucuras, que riem de mim e que tem orgulho das coisas que faço, aos que ajudaram no dia da apresentação, nas atividades que realizamos, e ao meu chefe que dá carta branca (e grana) para que eu desenvolva meus projetos.
Porque aqui a gente ajuda quem precisa e ainda se diverte!

Problema e oportunidade

"Uma empresa desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. Enviou dois de seus vendedores a pontos diferentes daquele país, para que levantassem o potencial do mercado. O primeiro vendedor enviou o seguinte fax para a diretoria da empresa: "Senhores, cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos".
Sem ter conhecimento desse fax, o segundo vendedor enviou o seu: "Senhores, tripliquem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos ainda".
Veja que interessante: a mesma situação foi interpretada como um tremendo obstáculo por um dos vendedores e como uma fantástica oportunidade por outro. Isso mostra como tudo na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes. Ao analisar um problema na empresa, procure observá-lo de todos os ângulos possíveis. Quem sabe você não possa transformar problemas em oportunidades?"
(Encare o problema de forma otimista. Do livro "O que podemos aprender com os gansos", de Alexandre Rangel)
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- As vezes tua mente é maquiavélica!
Ouvi isso e apenas sorri, pois, na hora, não entendi se era uma crítica ou um elogio. Mas levei como elogio, visto que esse comentário veio depois que consegui fazer uma parceria para conseguir algo que eu precisava, mas não tinha verba para custear. E também porque tinha lido esse texto que citei acima, me considerei uma pessoas que, por vezes, consegue transformar problemas em oportunidades. Tá certo que eu tenho um otimismo exacerbado, eu sei, mas isso me ajuda a desenvolver melhor o que planejo.
Outra coisa que fiquei sabendo e achei interessante, coloco então como um problema, transformado em oportunidade, vejamos:
Uma pessoa que administra uma madeireira, por exemplo, e produz móveis. No momento do corte da madeira, sobram pedaços pequenos, que, antes eram jogados fora e, agora, são vendidos para uma outra empresa que produz jogos em madeira, como dominó, damas, dados, etc. Com isso, o que era uma problema, agora virou uma oportunidade lucrativa.
Dei esse exemplo para dizer que tenho orgulho de atitudes profissionais de algumas pessoas...

Para que serve uma relação

Segundo o Dr. Drauzio Varela:
"Definição mais simples e exata sobre o sentido de mantermos uma relação? "Uma relação tem que servir para tornar a vida dos dois mais fácil"
Vou dar continuidade a esta afirmação porque o assunto é bom, e merece ser desenvolvido. Algumas pessoas mantém relações para se sentirem integradas na sociedade, para provarem a sí mesmas que são capazes de ser amadas, para evitar a solidão, por dinheiro ou por preguiça.
Todos fadados à frustração. Uma armadilha.
Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar, pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém que instale o som novo, enquanto você prepara uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir, e, quase sempre,
estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada uma pessoa bonita a seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há entre as pessoas, e
deve servir para fazer os dois se divertirem demais, mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de melancolia, e cobrirem o corpo um do outro, quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico, para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois."

Tolerância

"Deixa eu te levar. Não há razão e nem motivo pra explicar que eu te completo e que você vai me bastar"

Meu amor diz:
Nunca encontrei alguém que me preenchesse dessa forma sem deixar brechas... Você não deixa nenhuma. É uma pessoa carinhosa, atenciosa, engraçada, amorosa, etc.

Mazah! Hoje eu tô que tô!
E outra hora coloco a letra completa dessa música, que é MARA.

Meu jeito de ser especial

"O dia mais belo? HOJE
A coisa mais fácil? ERRAR
O maior obstáculo? O MEDO
O maior erro? O ABANDONO
A raiz de todos os males? O EGOíSMO
A distração mais bela? O TRABALHO
A pior derrota? O DESÂNIMO
Os melhores professores? AS CRIANÇAS
A primeira necessidade? COMUNICAR-SE
O que mais lhe faz feliz? SER ÚTIL AOS DEMAIS
O maior mistério? A MORTE
O pior defeito? O MAU HUMOR
A pessoa mais perigosa? A MENTIROSA
O sentimento mais ruim? O RANCOR
O presente mais belo? O PERDÃO
O mais imprescindível? O LAR
A rota mais rápida? O CAMINHO CERTO
A sensação mais agradável? A PAZ INTERIOR
A proteção mais afetiva? O SORRISO
O melhor remédio?O OTIMISMO
A maior satisfação?O DEVER CUMPRIDO
A força mais potente do mundo? A FÉ
As pessoas mais necessárias? OS PAIS
A mais bela de todas as coisas? O AMOR"
(Madre Teresa de Calcutá)
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- As pessoas não estão acostumadas com pessoas especiais as vezes e você é uma pessoal especial.
- E o que é uma pessoa especial?
- Existem pessoas que não agregam em nada, não acrescentam, passam pela vida por passar e existem outras que fazem melhores os dias dessas pessoas, esse é o teu caso.
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É tão bom quando alguém fala algo legal sobre a gente né?
Não sei se sou uma pessoa especial, sou somente eu, com meu jeito debochado e alegre de ser, tentando levar coisas boas aos que me rodeiam, que fazem parte do meu dia-a-dia, tenho um jeito de ser que me faz feliz, só isso.

24 horas

Depois do post anterior "coisas que não gosto" deveria escrever as coisas que gosto? Sei lá... até podia né?
E depois de ler um comentário que reforça esse pensamento, hoje até parei para pensar no que escrever. Mas é difícil!
Coisas que não gosto eu consegui listar contando em duas mãos, mas listar o que gosto complica.
Por exemplo, nas últimas 24 horas eu gostei:
- Da forma como falou comigo no telefone;
- Do oi que me deu quando me encontrou;
- Do cuidado em comprar remédios para curar minha gripe;
- Da paciência com meu jeito manhoso;
- Da canjinha preparada com o tempero do amor;
- Da preocupação em me agasalhar;
- Do abraço de boa noite;
- Do beijinho de bom dia;
- Da pergunta: "está melhor hoje?"
- Da promessa de um "falo contigo mais tarde"
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Dez coisas em 24 horas, assim, pensando rápido. Agora imagina se fosse parar pra pensar em todos os dias compartilhados?
Então, não tem comparação!

Coisas que não gosto

Não gosto do modo como fala comigo quando cometo erros;
Não gosto do jeito como corta o cabelo, as vezes tão curto;
Não gosto quando quer me ensinar a dirigir;
Não gosto dos seus de tênis vermelhos;
Não gosto quando parece adivinhar o que penso;
Não gosto quando acha que tem razão, sabendo que não tem;
Não gosto quando mente;
Não gosto quando me faz chorar;
Não gosto quando não está por perto;
Não gosto quando não me liga;
Mas não gosto principalmente de não conseguir não gostar, nem um pouco, nem por um minuto, nem por um instante, nem mesmo só por não gostar.
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*Adaptado do filme "10 coisas que eu odeio em você"

Leitura para um dia de ócio

Sabe aquele tipo de livro que você começa a ler e não tem mais vontade de parar? Uma leitura gostosa e divertida, que faz você liberar umas gargalhadas até?
É um livro assim que estou lendo no momento:
"A fila anda, mas não empurra que é pior: uma abordagem de marketing sobre relacionamentos amorosos" do autor André Maciel.
Ele fala de marketing, de segmentação de mercado, de produtos, preços, etc. (essas coisinhas que fazem parte do mundo de quem trabalha com marketing) e consegue mostrar todas essas práticas dentro das relações afetivas que temos ao longo da vida. Muito interessante, recomendação de leitura para um dia ocioso. E viva o ócio criativo né!
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Deixo aqui uma sinopse do livro feita pelo próprio autor:
"Fidelidade, satisfação, conquista, preço e qualidade. Escolha de mercado, avaliação de atributos e compra por impulso. Ir ao shopping, pesquisar, tocar, cheirar, provar e decidir por produtos que nem sempre são satisfatórios.Estaríamos falando de marketing ou de relacionamentos amorosos? Quais seriam as semelhanças entre estes processos e a escolha que homens e mulheres fazem pelo sexo oposto? É neste contexto incerto e envolvente de necessidades, desejos, expectativas, decepções e estratégias de conquista em que se inscreve “A Fila anda, mas não empurra que é pior: uma abordagem de marketing para relacionamentos amorosos”. Resultado de alguns anos de estudo e de prática, muitos ‘foras’ e algumas ‘dentro’, este livro foi escrito na esperança de ajudá-lo a entender alguns dos mecanismos que conduzem as pessoas no decorrer do processo de decisão sobre relacionamentos. Tendo como ingredientes exemplos reais (aproveite para rir deles antes que aconteçam com você), um pouco de filosofia e um grande desejo de que você tenha relações de consumo (as duas) mais proveitosas, você verá que, quando o ser humano é o elemento central, talvez os princípios do marketing e das relações não mudem tanto assim.Mas, atenção! Não espere encontrar ao longo dos próximos 18 capítulos conselhos melosos e compadecidos mostrando em 10 etapas como obter sucesso com rapazes, moças, clientes e assemelhados. Espere, entretanto, encontrar subsídios para desenvolver um grande senso crítico sobre o tema, além de entender, por exemplo, por que você atrai sempre o mesmo tipo, por que ainda cabe aos homens a iniciativa da conquista, a importância dos amigos na formação da opinião e por que você realmente não pode ‘dar mole’ durante o processo de conquista, caso queira aumentar o valor do seu produto. É neste cenário em que a gente aprende a não levar tudo tão a sério. Então, rela. Puxa uma cadeira e boa leitura."

O amor e o passado

"Todo sentimento precisa de um passado para existir. O amor não. Ele cria como que por encanto o passado que nos cerca. Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio com alguém que há pouco era quase um estranho. Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica". (Benjamin Constant)
* Mas ouvi da Ana Carolina (com sua linda voz), antes de cantar a música "Que se danem os nós" no DVD Estampado.

The life is a cherry

Eu queria ter um lençol de seda;
Tomar café colonial em Gramado todo domingo;
Assistir um musical da Broadway;
Abrir a janela no meu quarto e ver uma praia linda;
Passear pelas ruas de Londres para escolher um restaurante;
Dirigir um New Beetle;
Deitar na grama do Central Park;
Fazer compras na Sunset Boulevard, em Los Angeles;
Jantar em um restaurante bem legal em Dublin;
Isso tudo... um dia eu farei!
Mas atualmente:
Eu tenho um lençol rasgado;
Tomo café e como pão com margarina;
Assisto um cover do Cazuza na minha casa;
Abro a janela e vejo um muro e uns prédios;
Passeio na Feira do Bom fim, escolhendo legumes e frutas;
Dirijo um Corsa;
Deito na grama da Redenção;
Faço compras no Shopping Total;
Como xis do Cavanhas.
E tudo isso me faz uma pessoa super feliz e completa, porque as coisas simples da vida são as melhores, ainda mais quando temos uma companhia que faz isso tudo conosco.
A vida é uma cereja!!!

Um mês

Um mês de carinho, que acalenta o coração;
Um mês de abraços, que aquecem a alma;
Um mes de briguinhas bobas, que ajudam a evoluir;
Um mês de risadas, que iluminam até os dias nublados;
Um mês de passeios, que constroem bons momentos;
Um mês de "boa noite", que deixam o sono mais feliz;
Um mês de "bom dia", que fazem o sol brilhar mais forte;
Um mês de descobertas, que fazem a confiança crescer;
Um mês de surpresas, quem fazem brotar belos sorrisos;
Um mês de conquistas, que fazem compartilhar a alegria;
Um mês de encontros, que fazem o coração bater apressado;
Um mês de loucuras, que fazem a adrenalina aumentar;
Um mês de amor, que torna a vida mais completa.

Nossos erros

Hoje queria escrever sobre erros. Mas o que é um erro?
Parei para pensar nas vezes que errei. Acho que não foram poucas, mas queria lembrar de erros que cometi que me fizeram perder pessoas, perder a confiança delas. Aí lembrei de um que ainda me dói um pouco, um erro que cometi com uma amiga. Queria dizer o que fiz, mas não posso, porque envolve outras pessoas. Mas o importante de tocar nesse assunto é dizer que depois do erro que cometi perdi a amizade dela, acho que com o tempo a raiva foi passando e acredito que hoje ela não me odeie mais, quem sabe um dia até voltaremos a ser amigas...
Errei outras vezes, com outras pessoas. Erro constantemente, isso é algo que faz parte das nossas vidas, somos pessoas comuns, mas na maioria dos erros que cometi, e que cometo, a conseqüência foi ou é só minha.
Nosso erros podem ser pequenos e consertados rapidamente ou grandes, as vezes com proporções gigantescas, que demoram pra serem consertados, mas com persistência e coração puro, conseguimos.
Enfim, quis escrever isso hoje porque talvez tenha errado com algumas pessoas que gosto e vou tentar não cometer os mesmos erros e também entendo que algumas pessoas erraram ou errarão comigo, deixando existir mágoa por um tempo, mas nada me dá o direito de julgá-las e, se souberem reconhecer e arrepender-se dos seus erros, terão sempre meu apoio para um novo recomeço.

A árvore da amizade

"Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.

Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras vemos apenas entre um passo e outro.
A todas elas chamamos de amigo. Há muitos tipos de amigos.
Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe. Mostram o que é ter vida. Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar os nossos caminhos. Muitos desses denominamos amigos do peito, do coração. São sinceros, verdadeiros; sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz.
Também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Estes costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto. Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes. Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdem algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria. Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam o nosso caminho.
Amigos... esta é uma das maiores responsabilidades de nossa vida. E é a prova quase evidente de que duas almas não se encontram por acaso"
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E o all star roxo?
É de uma folha que está na ponta do galho, distante, que enche meu coração de saudade, mas que nunca vai deixar de fazer parte da minha árvore e da minha vida.

Alegria aguda

- Sinto saudade do teu abraço e a tua "alegria aguda"
- Alegria aguda? O que é isso?
- É a facilidade que tu tem de converter as coisas ruins em coisas boas ou pelo menos rir delas.
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É, acho que tenho mesmo essa tal "alegria aguda", porque é melhor rir do que chorar (ai, essa é velha), mas tem fundamento. Todos temos problemas, uns mais graves, outros mais amenos, o tamanho deles depende da maneira como lidamos, da importância que damos.
Eu tenho problemas, mas tenho tantas alegrias, que nem lembro deles e aí... com o tempo eles acabam desaparecendo.
Tem uma frase da Clarice (Lispector) que diz muito, então deixo ela aqui, com o desejo de um bom findi para todos.
"Não tenho tempo pra mais nada, ser feliz me consome muito"
Grande "upa" bem apertado, principalmente para quem tá longe e deixa meu coração cheio de saudade.

Amor de inverno

Lembra daquele amor de verão?
Aquele que você encontrou em uma das suas férias, quando, com seus pais, foi passar uns dias em uma praia do litoral ou então no sítio de algum parente ou, até mesmo, na cidade mesmo, mas em uma cidade distante da sua.
Você saiu para andar de bicicleta ou para conhecer o local e se deparou com um alguém que jamais esqueceu, um alguém que você nunca tinha visto antes e, que mais tarde, ficou sabendo que assim como você também estava ali curtindo umas férias.
Depois de perceber sua presença pela primeira vez, começa a estudar um modo de chegar mais perto, puxar um papo. No início fala umas besteiras do tipo: "Você vem sempre aqui?", mas depois vai deixando a vergonha de lado, o coração, que estava batenado alucidamente, diminui um pouco a freqüência e conseguem conversar sobre outras coisas e marcam encontos e a cada tarde vão juntos assistir o sol cair e a noite chegar, nos dias de chuva apreciam o barulho que ela faz quando toca o chão e o cheiro da grama molhada que ela deixa no quintal, descobrem novos lugares juntos, conhecem novas pessoas, passeam por lugares preferidos para os dois. Fazem tanta coisa legal que nem percebem que o fim das férias está chegando e, como uma chuva de verão, que vem inesperadamente, chega o dia de voltar para casa, se abraçam, juram amor eterno e a única certeza que podem ter é a de uma próximo verão e as próximas férias.
Então, acho que eu estava em férias, 22 dias de inverno para ser exata, mas agora é hora de voltar para casa.

The Prifons

Sabe aqueles momentos em que a barriga dói, de tando rir?
Hoje foi assim...
Tava relembrando uns momentos de infância, época em que eu juntava meus primos e fazia muita coisa legal, entre elas montamos uma banda uma vez, que chamava The Prifons, tinha violão, bateria e microfone, tudo improvisado, uma madeira com cordas de nylon, latas de tinta e cabos de vassoura. E as músicas? Composições nossas!
Acho que isso deve ter uns 14 anos.
Ai, saudade....
Deixo aí uma das nossas letras (super interessantes) hehehe
.
"Um dia eu fui numa praia
eu vi que ela tava deserta
só via os golfinhos gritando
de tanta poluição, poluição, poluição
As pessoas nem davam bola
elas viam que tava deserta
e nem se importavam
com toda aquela poluição, poluição, poluição
vamos dar os braços
contra essa poluição
a vida é mais bela
e muito mais linda
sem essa poluição, poluição, poluição."

As duas coisas

Se você dança valsa no meio do seu quarto;
Se você canta uma música sertaneja em um pub cheio;
Se você acha lindo uma lagartixa na sua parede;
Se você, às 15h de domingo (com fome), caminha sem rumo;
Se você toma banho e se arruma em 20 minutos;
Se você toma banho e se arruma em 1 hora;
Se você convence um amigo a se passar por um entregador;
Se você come mousse de chocolate, sabor "gordura hidrogenada";
Se você consegue dormir em uma posição que antes não conseguia;
Se você, às 2h da manhã (de novo com fome), não consegue sair da cama para comer;
Se você vai até um posto de gasolina, estaciona e fica ali pensando em momentos bons.
Olha, se você faz essas coisas é porque está apaixonado hein!!!
Ou então porque é bobo e acha a vida muito engraçada!
Eu estou/sou as duas opções!

Eu notei...

"Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar
Me disseram uma vez
Que o danado do amor
Pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar
Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor
Quando a gente ama, brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor
Quando a gente ama, é um clarão do luar
Que vem abençoar
O nosso amor"
(O que é o amor - Maria Rita)
.

Eu notei quando pegou uma caixa de bombom na prateleira do mercado, achou que eu não tinha notado, mas eu noto sim, apesar de parecer que ando no meu mundo encantando e não presto atenção em muitas coisas, até o sorrisinho que despreendeu para a atendente do caixa eu notei (ciúme bobo), notei também que é detalhista até para cortar a batata da sopa, notei que trouxe um saca-rolhas especial para abrir o vinho (que foi, literalmente, pelo ralo), notei que uma certa tristeza invadiu seus olhos quando falei uma coisa idiota, notei que posso mudar em alguns aspectos sem que isso interfira na minha personalidade, notei que posso ser eu sempre, mesmo que mude atitudes, notei que rir de alguns sintomas da senilidade das pessoas é algo feio (ah, mas foi engraçado), notei que é tão bom realizar alguns sonhos, por mais bobos que pareçam, notei muita coisa e continuo sempre notando, e, principalmente, notei que, depois de ontem, acredita de verdade em mim.

Doce Pelotas

Nesse findi dei um pulinho em Pelotas, cidade gostosa, com pessoas queridas, que adooooooro demais - e agora com mais uma pessoa querida - que espero que seja muito feliz lá, uma pessoa que vou sentir uma falta enorme, mas que vou visitar sempre que tiver oportunidade.
Conheci um pub muito legal, New York Irish Pub, pessoas bonitas, decoração de muito bom gosto, aconchegante, boa música. Um pub estilo irlandês, mas com esse nome? pois é... também não entendi na hora, ainda mais que no banheiro masculino tinha uma foto no John Kennedy e no feminino da Marilyn Monroe, mas quando vi algo escrito nas portas entendi. É um lance meio assim: umas refugiados irlandeses que foram para os EUA e ficaram numa taverna que se chamava New York Irish Pub, mais ou menos isso.
No mais, fiquei de papo com amigos que não via há algum tempo, dormi ouvindo o barulho da chuva, muitas degustações de coisinhas boas e muitas risadas, assim foi o findi.
Isso tudo fez amenizar um pouco a saudade de uma certa pessoa que estava viajando.
Para terminar o post de hoje, um beijo grande para a mais nova integrante do meu clã de amigos que moram em Pelotas.

7 motivos para sorrir

Chaveirinho do grêmio - $ no Mastercard
Ver um ser colorado entrar numa loja do Grêmio - Não tem preço
.
Coraçãozinho de pelúcia - $ no Martercard
Dormir sentindo o perfume de quem se gosta - Não tem preço
.
Garrafa de Moscatel Cavalleri - $ no Mastercard
Ganhar um espumante e um bilhete num guardanapo de papel no final da noite - Não tem preço
.
E hoje com uns 7 motivos para sorrir, afinal não é todo dia que teu time faz 7 X 1 né?
Não me ligo muito em futebol, mas como quase tudo anda me alegrando ultimamente, foi prazeroso ver o Grêmio ganhar do Figueirense ontem, só não foi melhor por que minhas amigas catarinas ficaram meio tristes né. Mas, faz parte.
Meus 7 motivos para sorrir hoje:
1) A vitória do Grêmio
2) Reunião com os amigos
3) Pensar em fazer loucurinhas (e nas que já fiz)
4) Relembrar algumas supresas
5) Saber que alguém gosta de mim
6) Borboletas na barriga
7) Sentir o cheiro de alguns (três) perfumes

Mais uma vez

"Te tenho com a certeza de que você pode ir
Te amo com a certeza de que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca somos dois
A nossa liberdade é o que nos prende
Viva todo o seu mundo
Sinta toda liberdade
E quando a hora chegar, volta...
Que o nosso amor está acima das coisas... desse mundo
Vai dizer que o tempo
Não parou naquele momento
Eu espero, por você o tempo que for
Pra ficarmos juntos mais uma vez!
Te tenho com a certeza de que você pode ir,
Te amo com a certeza de que irá voltar
Pra gente ser feliz
Você surgiu e juntos conseguimos ir mais longe
Você dividiu comigo a sua história
E me ajudou a construir a minha
Hoje mais do que nunca... somos dois
Vai dizer que o tempo não parou naquele momento
Eu espero por você o tempo que for
Pra ficarmos juntos mais uma vez...
Não parou naquele momento
Eu espero por você o tempo que for
Nós vamos estar juntos
Estar juntos
Mais uma vez..."
.
(Mais uma vez - Jota Quest)
.
Espero sim, pra ficarmos juntos muitas e muitas vezes. Ainda mais sabendo que essa ausência, vai doer um pouco pela saudade, mas vai te trazer muitas coisas boas e te deixar feliz.

Serenata de amor

"Segundo alguns psicanalistas quando se apaixona, você não se relaciona com alguém de carne e osso, mas com uma projeção criada por você mesmo; e a projeção que fazemos é a de um ser absolutamente perfeito, mas depois de um período a projeção acaba e você passa a enxergar de verdade a pessoa com quem está se relacionando.
Invariavelmente, algumas virtudes do parceiro ou da parceira vão embora junto com a projeção, outras ficam. E se o que ficou de cada um for suficiente para os dois, a relação perdura, caso contrário, ninguém sabe o que faz o botãozinho ligar e iniciar uma nova projeção, mas fortes indícios apontam para um único e delicioso suspeito, o Serenata de Amor. O amor é inexplicável, mas tem umas coisas que você pode entender!"
*texto da propaganda do bombom serenata de amor
.
Todos temos projeções, idealizamos uma pessoa, mas quase nunca encontramos alguém desse jeito, eu não arriscaria dizer que isso é impossível, porque não é, acho que existe.
Mas admito que tem mais sabor encontrar alguém que - a princípio - não tem nada do que você planejava, mas te faz uma pessoa feliz. Tapa na cara! Porque, por exemplo, você imaginava encontrar um ser que não fumasse, que fosse extrovertido, mais alto que você, entre outras coisas, mas aí você se apaixona por uma pessoa que fuma, um alguém introvertido e que tem 2 cm a menos. O que você faz? Hein?
A essa altura está tão encantando vivendo momentos maravilhosos, que nem lembra mais quais eram mesmo suas projeções. E por isso que eu digo... a vida é uma cereja!

Sabedoria oriental

- As vezes eu queria mudar umas coisas em mim, no meu jeito, mudar umas visões que tenho.
- Não exija demais de você e dos outros, preserve suas linhas de pensamento e conduta, mas seja um pouco flexível. Lembre-se, o que é mais fácil quebrar? Um pau seco ou um bambu?
- Um pau seco. Por quê?
- Porque o bambu é mais maleável, ele vive mais tempo e passa por todas as tempestades sem cair. Entende a analogia?
- Acho que sim, mas explica, gostei de te ouvir.
- Se tu tiver uma tempestade, um vendaval, numa floresta ou num mato de bambu, com certeza o prejuízo maior será na floresta, porque quando somos mais maleáveis sofremos menos, caímos menos, temos menos depressão e com isso damos mais chances à novas oportunidades, não perdemos tanto tempo lamentando o passado. Não estou dizendo que passemos por cima dele, mas que aprendamos a usar o tempo a nossa favor. Quando somos rígidos demais com nossos sentimentos (de bem ou de mal) a cada pancada que levamos demoramos demais para levantar e quando conseguimos nos reerguer percebemos o quanto tempo se passou e na verdade a vida continua ali, viva. Não estou dizendo pra abrir mão dos princípios, jamais, mas pra sermos sábios... com nossas tristezas e depressões. Que façamos com que as interpéries da vida apenas nos dê umas balançadas nos galhos, mas que jamais arranquem nossas raízes.
- Muito legal isso que tu falou. Tens plena razão.
- É sabedoria oriental. Certa vez li algo parecido. Temos sim que valorizar o que temos de bom, deixar isso ser mais forte que nossos defeitos. Tu me acha uma pessoa legal?
- Legal? mas claro, eu gosto muito de ti, por isso que implico contigo e fico tomando o café e a água que tu serve pra ti, pego os relatórios que tu imprime e eu sempre esqueço, me deito no teu ombro com sono por acordar cedo. Me diz, com quem mais faço isso nas reuniões? Pra quem fui mostrar meu carro novo logo que comprei? Ainda pergunta isso... Mas porque a pergunta?
- Tu acha que não tenho defeitos? Que não me deprimo? Que não tenho minhas quedas? Minhas chatices? Minhas manias? Tenho... mas procuro deixar ficar mais a tona o que faz as pessoas se sentirem bem do meu lado.
- Sim, eu sei disso e também penso assim. Tento agir dessa maneira. Mas não estou triste, apenas comentei contigo algo que estava me incomodando.
- Eu sei, te conheço. Mas, enfim, dê uma chance à você, seja um grande bambu!

Filha, escolhe um lugar

Uma mãe, um pai e uma filha, esta com 7 anos de idade. Três pessoas que formam uma família.
Um dia normal, o pai foi viajar à trabalho, a mãe foi trabalhar e a filha, em férias na escola, foi para a casa de sua avó materna. Quando, antes de dirigir-se para o trabalho, a mãe deixa a filha, ela diz: "mamãe vem te buscar mais tarde".
Algo inesperado acontece no trabalho e ela precisa ficar até mais tarde, liga para a filha e diz que ela vai dormir na casa da avó e no outro dia de manhã a mãe vai buscá-la. A filha não aceita muito a idéia, mas diz que tudo bem e despede-se com um beijo de boa noite.
Na manhã seguinte, a mãe, que está indo para casa da avó buscar sua filha, recebe uma ligação de uma amiga que precida de uma carona e está atrasada para uma reunião urgente.
Ela muda a rota e vai ao encontro da amiga que, para agradecer propõe que almocem juntas mais tarde, no meio do almoço uma ligação da filha: "mãe, você esqueceu de mim?" A mãe explica mais uma vez que teve um problema, mas que à noite, quando sair do trabalho vai buscá-la. Sem que a mãe perceba a menina deixa cair uma lágrima, e despede-se novamente.
No final do expediente a mãe sai correndo para encontrar sua filha. No portão, a menina vem rapidamente ao seu encontro e a mãe diz: "filha, desculpe pela demora, mamãe sentiu saudades, pode me pedir o que quiser e escolher um lugar bem legal para irmos"
- O que eu quiser mesmo, mamãe?
- Claro filha, pode escolher.
- Quero ir na Livraria Cultura, comprar um livro.

Por que choramos?

- Por que está chorando? Eu perguntei um dia para alguém...
- Porque não sou uma boa mãe;
- Porque sinto saudade de uma pessoa que não me ama mais;
- Porque me sinto sem forças para me levantar de novo;
- Porque meu irmão está no hospital;
- Porque não tenho grana p/ comprar o uniforme do meu filho;
- Porque minha mãe não me deixou ir numa festa;
- Porque meu pai me bateu;
- Porque vi um filme muito triste;
- Porque minha cabeça está doendo;
- Porque bati a porta do carro no meu dedo;
- Porque estou com raiva do meu chefe;
- Porque tenho medo do escuro;
- Porque vi meus pais realizando um sonho;
- Porque comprei meu primeiro carro;
- Porque vi meu afilhado falando "didi" pela primeira vez;
- Porque me surpreendi c/ minha festa de aniversário surpresa;
- Porque recebi flores um mês depois de um primeiro beijo;
- Porque ouvi no rádio do carro uma canção.
Tem isso e muitas outras coisas que nos levam a chorar. E chorar, por vezes nos faz mal, mas aliviam, por vezes nos faz bem.
Escrevi sobre isso porque desde ontem ando chorando. Ontem chorei de rir, e as lágrimas, junto com as risadas, eram incontroláveis.
Hoje de manhã chorei enquanto dirigia para o trabalho, aí a mistura foi uma música e algumas lembranças. É bom parar e pensar no que fizemos de bom no passado e que nos traz saudade hoje, a faculdade, os amigos que moram longe, as aventuras, as conversas, tudo que é feito ao lado de seres do bem deixa um doce sabor de saudade.
O bom é que depois de tanta água o dia começou super bem e o sol brilha lindamente por aqui.

A sala dos livros mortos

"No seu primeiro dia como funcionária daquela biblioteca pública, Ana Lygia foi levada pela diretora para conhecer o prédio. Subiram e desceram escadas, o elevador há muito tinha sido desativado por falta de verba de manutenção, por sorte eram apenas três andares, mais o porão. Secretaria, diretoria e salas e salas repletas de livros em estantes de metal, uma pequena sala de convívio, uma saleta para os jornais. Existia até uma quantidade razoável de volumes, ainda que o acervo estivesse desatualizado em relação à atual literatura brasileira. Quanto à mundial, a atualização era sentida pelos best-sellers, por aqueles que tinham sido os mais vendidos nas revistas semanais.
Finalmente, desceram ao porão, havia montes de caixas com doações de livros ainda em fase de estudos, o que valia e o que não valia a pena, porque os doadores em geral entregam à biblioteca o que não querem em casa e o que ninguém quer e não presta para nada. Duas saletas com material de limpeza e uma sala com porta de ferro, trancada.
- E aqui?
- Ninguém entra. É a sala dos mortos.
- Mortos?
- Sim, a sala dos livros retirados de circulação.
- Retiram? E qual o critério?
- Se em cinco anos ninguém retirou o livro, ele é descartado do mundo dos livros vivos.
- E ficam aqui? Quanto tempo?
- Para sempre.
- Não podem ser doados a outras bibliotecas, ao público? Avisam: quem quiser livros venha buscar? Assim talvez continuem vivos!
- A lei não permite. É um bem público. Pertence ao patrimônio. É a situação mais complicada que existe, porque a burocracia impede essa doação, é preciso montar um processo jurídico e, como todo processo jurídico, se eterniza. Nem vale a pena, o melhor é esquecer.
- Posso ver a sala?
- Melhor não entrar. Aliás, tem um problema, a chave foi perdida, para mandar fazer outra monta-se um processo administrativo.
- Talvez tenha livros interessantes que eu queira ler.
- Não adianta, a lei diz que devemos inutilizar. Quando o livro vem para cá, tem uma determinada página arrancada, ou duas, uma do começo, outra do final.
Leitora desde a infância, Ana Lygia lembrou-se do Barba-Azul e do famoso cômodo no qual suas esposas não podiam entrar e quando entravam eram assassinadas. Sua curiosidade aumentou. Ela começou a trabalhar e meses mais tarde foi designada para um plantão de domingo, uma experiência nova. Aconteceu de ser dia chuvoso e ninguém foi à biblioteca. Ana Lygia lembrou-se da sala dos mortos, desceu, experimentou, trancada. Subiu, perguntou a uma auxiliar se sabia onde estava a chave, ela apontou para uma gaveta, disse que ali havia umas cem chaves, talvez fosse uma delas. Ana Lygia colocou-as em uma caixa e desceu. Começou a experimentar uma a uma.Algumas ela descartou pelo tamanho, outras entravam, não giravam, ela não forçava, com medo de quebrar. Exercício de paciência. Também, ela não tinha nada a fazer. Finalmente, a chave 83 funcionou. Veio de dentro um cheiro abafado de mofo e umidade, ela abriu totalmente a porta, esperou. Procurou o interruptor e uma luz amarelada inundou o cômodo de fantasmas. Havia pilhas de livros amontoados até o teto. E, em volta, junto à parede, uma coleção de extintores de incêndio. Contou 35, cada um de um modelo, percebeu que alguns eram velhos, outros pré-históricos. Poderiam ser alinhados em um museu, ali estava a evolução dos extintores, os mais antigos enormes, desajeitados, para manobrar aquilo seriam necessárias duas pessoas.Havia ainda relógios de ponto, alguns estapafúrdios, palavra que ela associou à idade do equipamento. Também fariam o encanto do velho Dimas de Melo Pimenta, um ícone da relojoaria nesta cidade. Ela experimentou mexer nas alavancas, umas travadas pela ferrugem, outras funcionaram com um ruído seco. Quantos teriam sido pontuais, quantos o relógio teria punido? Gostava de imaginar coisas assim, afinal, havia um quê de ficcionista dentro dela, daí sua paixão pelos livros e por ter escolhido a profissão.
Ana Lygia percorreu aquele porão empoeirado contemplando escovas, vassouras, rodos, baldes furados, panos de chão podres, latas de cera, tubos de desinfetantes, detergentes, latas com pedacinhos de sabão, escovões. Nossa, há quantas décadas o escovão desapareceu da cena doméstica, quem ainda encera a casa? Tudo que devia ser descartado, porém era impossível, tratava-se de patrimônio.Afinal, dedicou-se aos livros. Estendeu a mão, curiosa, puxou um. A Menina Morta, de Cornélio Penna. Puxa, esqueceram o Cornélio? Ninguém o leu por cinco anos? Foi folheando, livro grosso, talvez isso tenha assustado. Lendo. De repente percebeu a página arrancada. Apanhou outro livro, A Montanha Mágica, de Thomas Mann. E José de Alencar, Lúcio Cardoso, Ibiapaba Martins, Osman Lins, Mário Donato (puxa, fez tanto sucesso nos anos 50), José Geraldo Vieira, John dos Passos, Romain Gary, Malcolm Lowry, Oscar Wilde, Maria Alice Barroso. Todos mutilados. Apanhou um deles, escondeu debaixo da blusa. Levou para casa. Na biblioteca de um amigo encontrou um exemplar completo, digitou a página faltante, colou dentro do volume doente. A cada semana, leva um embora, recupera. Ela imagina que em alguns anos terá recuperado todos. Leva para bibliotecas comunitárias, existem várias. A simples idéia de ver um livro reciclado, ou queimado, a deixa doente.Mais fácil comprar outro? Sim. Mas e o prazer de salvar um livro?"
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A sala dos livros mortos - Ignácio de Loyola Brandão
(A diferença não é o que você faz, mas como faz)

Pink Girl e o verbo abstrair

"O lema é... abstrair
Então...
Ouvi essa frase as 8h e 10min. da manhã de hoje da minha melhor amiga (ela faz parte da saga ainda não terminada "as melhores coisas da minha vida" ) vindo pro trabalho. E olha, ela tem razão!
Vamos realmente nos abstrair d tudo q nos faz, infelizes ou simplesmente nos incomodam... Isso vale desde daquela pelezinha no canto da unha até cometários maldosos ou aqueles tem como único objetivo "cortar seu barato".
Abstrai-se tb do medo, da insegurança, da ruga ou visgo do meio da testa, dos falsos amigos, falsos sorrisos, ilusões, decepções, más recordações, vixe!!! poderia passar toda manhã aqui listando coisas q vc deve abstrair da sua vida senão pra sempre, mas pelo menos por hoje, por agora, por instantes...Mas a vida não é um morango, eu tenho q trabalhar e só vou dizer mais umas palavrinhas.
Sabe pq vc deve tentar s abstrair de todas as coisas ruins ?????????
Pq o dia amanheceu pra vc
Pq vc levantou hoje
Pq vc tem família
Pq vc está vivo!!!!!!!!!!!!!!!
Esse por si só é motivo suficiente pra vc ao menos tentar se abstrair, e senão conseguir, abstrai-se disso tb, levante a cabeça e tente novamente...
Outro bom motivo pra abstrair-se é q hoje é Sexta-feira, vamos lá pessoas, animação!!!!
O fato de estar nublado não significa q o o sol não está lá! (ai... adorei essa minha frase... poética não??!!!!)

bjks,
Euzinha, fazendo jus ao pseudônimo..toda de rosa hehehe"
.
E aí a pink girl, minha amiga poderosa, escreveu isso no blog dela. Achei muito legal, sinal que minhas palavras significam alguma coisa para ela hehehe
E realmente o jeito é abstrair as coisas que nos fazem mal e assimilar as que nos causam sensações boas.
Um ótimo findi, de uma pessoa que há 3 semanas não come carne :-)

Angels in America

Por indicação de um amigo, que tem um ótimo senso crítico, aluguei um filme, de quase 6 horas, para assistir. Cansativo? Que nada, as abordagens são ótimas e os atores então, sem comentários. Al Pacino, Meryl Strip Streep, Emma Thompson, Justin Kirk (que eu não conhecia, mas que faz uma atuação maravilhosa), entre outros. Era uma série que virou filme, uma série que ganho muitos prêmios.
Basicamente o tema abordado é em relação à aids na Década de 80, onde ela ainda era vista como doença de homens homossexuais, tratada com muita aversão por muitos, principalmente por desconhecerem que não era uma doença transmitida por toques, abraços, etc.
Não sendo este o único preconceito presente no conteúdo do filme, que mostra ainda uma crítica ao governo americano da época, ao mesmo tempo tratando da questão no nacionalismo/patriotismo, muito forte em alguns americanos.
Aborda de maneira muito minuciosa os conflitos humanos e mostra os vários sentimentos em que se funde o homossexual, mostrando seu lado humano também - diferente do que muitos preconceituosos acham - carência, coragem, perversão, fragilidade, enfim, coisas que qualquer pessoa tem.
Em alguns momentos do filme dá vontade de chorar, o sofrimento enfrentando por pessoas doentes; o orgulho de alguns, que mesmo sabendo que a morte está chegando, conseguem ser frios e arrogantes, espantando de perto pessoas que só queriam curtir mais uns momentos ao seu lado; a luta contra sentimentos que batem forte dentro do peito, deixando acuadas em um canto qualquer pessoas sem coragem para enfentar a vida e outros momentos de muita sensibilidade nos levam à várias sensações.
Realmente um filme inteligente e polêmico. Mas vale dizer que não é um filme que qualquer possa assistir, é importante gostar de cinema e ter a mente aberta.

Caixa de sentimentos

Tenho uma caixinha na qual guardo todas as cartas, bilhetinhos, desenhos, enfim, coisinhas escritas que ganhei dos meus amigos ao longo da vida, vai desde cartões gigantes até guardanapos de papel escritos em alguma mesa de bar.
As vezes quando preciso de algo e não acho, no meio da procura, acabo abrindo essa caixa e lendo algumas coisas, fora alguns que guardo na agenda, aí quando bate a saudade eu vou ali rapidinho e dou uma olhada.
Hoje tava organizando minha agenda e encontrei alguns bilhetinhos e pensei coisas como: "foi tão legal nesse dia" ou "porque as coisas mudaram?"
Algumas coisas mudam, mas outras adormecem apenas, e quando acordam a intensidade vem bem maior. É o caso, por exemplo, de quem mora longe, o sentimento existe firme e forte, e fica mais intenso quando as pessoas se encontram. Por vezes fico chateada com atitudes de pessoas que, em uma época, eram tanto e hoje parecem ser quase nada. Talvez sejam as tais fases da vida, talvez as coisas estejam adormecidas, mesmo que a distância seja mínima. Sinto saudade, mas pelo menos tenho os bilhetes, que ficam, trazendo boas lembranças, porque a saudade mostra que o passado valeu a pena. E, seguindo na mesma linha, o lance é fazer o presente e o futuro também valerem. Junto com a caixinha de bilhetes guardarei meus sentimentos, assim quando precisar deles saberei onde encontrá-los, estarão bem guardados.

O brilho de um anel

É como uma jóia, aquele anel lindo que você olha na vitrine de uma joalheria e ele destaca-se no meio de outros. Aí você entra, pergunta o preço e fica meio espantado com a resposta. Se você tivesse o dinheiro certamente pagaria, mas aí pensa que teria que economizar em outras coisas e por bastante tempo. É apenas um anel, lindo, mas um anel.
E, como um anel lindo em uma vitrine de uma loja, voltei meu olhar para um alguém que conheci na mesa de um bar. E já chegou, chegando, com ar debochado (acho que provei no meu veneno), mas achei isso tão atraente, pessoas com senso de humor são ótimas. A noite passou, papos, conversas, risadas e, no final, um "adorei te conhecer"
No dia seguinte um convite, um sim, e mais uma noite muito divertida. E no meio disso acho que minha boca combinou com a tua nuca e o teu olfato apreciou o cheiro do meu cabelo.
Tão encantadoramente doce o modo como falou meu nome algumas vezes, o jeito manso de pedir as coisas e o modo carinhoso como se aconchegou junto de mim, tudo isso tornou teu brilho bem parecido com o tal anel da vitrine.
Mas nem sempre se adquire coisas tão caras assim, aí o jeito é passar na frente da joalheira as vezes e ficar somente admirando e lembrando das vezes em que pediu à atendente para provar o anel. E, quem sabe, pedir novamente uma prova.

Os animais

'Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais, e, neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a humanidade.'
Leonardo da Vinci (1452-1519)

A Mulher de Sagitário

{O BLOG COMPLETOU UM ANO ONTEM. PARABÉNS!}
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A Sempre Menina Mulher de Sagitário - 22.11 a 21.12
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"Nem sempre ela dirá coisas que você quer ouvir; na maioria das vezes, ela vai deixá-lo arrepiado com suas observações desconcertantes e francas. Mas, de vez em quando, dirá coisas tão maravilhosas que vão fazê-lo dançar de felicidade. Ela talvez seja um pouco franca demais porque vê o mundo tal como ele é. Ela não gosta de mentiras, e dificilmente alguma mulher de Sagitário costuma mentir - a menos que tenha um ascendente em Capricórnio, esta mulher dificilmente conseguirá convencer as pessoas quando estiver contando uma mentira. E a gente tem que admitir que isso é uma ótima qualidade, não é?
As sagitarianas são muito independentes, e ambos os sexos mantêm uma certa distância aos laços familiares. Quando quiser que ela faça algo, peça-lhe: não tente mandar nela. A técnica dos homens das cavernas não funciona com esta mulher. Ela não nasceu para ser mandada, odeia ter que receber ordens e abomina todo homem que tente aprisioná-la. Ela gosta de ser protegida, mas não gosta de ser mandada. Se nem mesmo seu pai consegue dominá-la, não vai ser qualquer um que vai achar que pode lhe dar ordens! Quanto mais nervosa ela fica, mais sarcástica e cínica se torna. Não é prudente brigar com um signo que é metade gente, metade cavalo, e a metade humana ainda está armada!
Feliz daquele que tem a sorte de ter uma mulher de Sagitário como amiga. Ela alegrará suas festas, será sua melhor confidente e sempre estará ao seu lado quando todos os seus amigos tiverem abandonado o barco. Ela é tão generosa, paciente e atenciosa com todos os amigos, que seu telefone dificilmente fica muito tempo sem tocar. Se repararem bem, a maioria das sagitarianas sempre recebem telefonemas de amigos que nunca conseguem esquecê-las, mesmo que estejam distantes.
Ela é uma das poucas mulheres que costumam ter amigos de infância. Sim, eu disse amigos. Os mesmos que rolavam com ela na rua enquanto jogavam bola, e que um dia perceberam que aquela garota com jeito desajeitado de moleque, que andava descalça, um dia se tornou uma linda mulher.
Tentem reparar em uma sagitariana andando. Vejam como a maioria costuma andar com o nariz empinado, parecendo um cavalo puro sangue. Vejam como ela é uma mulher elegante e confiante, mesmo quando tropeça e sai derrubando tudo pelo caminho! Sim, a coisa mais difícil de encontrar é uma sagitariana que não seja um pouco desajeitada.
A idade realmente não importa quando o assunto é a sagitariana. Elas permanecem meninas mesmo quando envelhecem. E elas adoram ser tratadas como meninas sapecas que não param no canto, sempre prontas a correr na rua com os garotos! E, é essa alegria de viver, esse eterno otimismo que enfeitiçam os homens de bom gosto! Nenhuma mulher pode ser tão apaixonada pela vida quanto a sagitariana, e transmitir esse amor por todos os cantos por onde passa.
Estar ao seu lado é viver o bom humor e acreditar no futuro. Não importa que ela tenha milhões de amigos que ocupam grande parte do seu tempo, nem que passe o tempo todo planejando viagens ou sonhos que ainda quer realizar. Amar uma mulher de Sagitário é recompensador e nunca é monótono. Não importa que ela não tenha aprendido a dizer o quanto te ama - para ela,
isso é difícil. Quem já teve a felicidade de estar apaixonado por sagitarianas sabe que a melhor maneira que elas têm para demonstrar o que sentem é pela ação. Nenhuma mulher beija tão gostoso ou erradia tanta vida e alegria quanto um anjinho de Sagitário, que chegou à conclusão - após passar várias noites em claro - de que o que sente por você não é amizade, mas amor!
E, quando as setas do arqueiro penetram em nossos corações, não há magia no mundo que possa nos livrar do poder do amor de uma sagitariana!"
.
Ainda não descobri quem escreveu isso, mas em breve vou descobrir.
Queria acrescentar que, alguns sagitarianos como eu, tem um carinho enorme por geminianos, mas muitas vezes não sabem como lidar com eles.
Lendo o que o autor escreveu sobre este signo, algo me chamou atenção: "Apesar de muitas vezes parecer frio e distante, ele (o geminiano) deseja ser amado e mimado. Mostre que sempre estará ao seu lado, apesar de suas crises de mau-humor, e terá uma (pessoa) que se entregará por inteiro. Aliás, o melhor remédio contra o mau-humor do geminiano é sempre demonstrar amor!"
Demonstrar amor... demonstrar amor... demonstrar amor!

O café nosso de cada dia

Muito clássico, com já vi em alguns filmes, ao mesmo tempo muito meu, só minha, a forma como espero quase todo dia pelo momento de te ver, apenas alguns minutos, sempre olhando no relógio, esperando o momento do último compromisso do dia.
E o teu oi sempre tão carinhoso, perguntando se está tudo bem comigo e como foi meu dia (isso das pessoas perguntarem como foi meu dia sempre me encantou), e falas em coisas simples, que tornam-se grandiosas no meio do caminho entre a tua boca e o meu ouvido. Lembro de várias conversas que tivemos, mas de uma lembro com a inocência do olhar de uma criança, lembro do dia em que perguntei o ponto negativo e o positivo do teu dia e me falaste dos problemas no trabalho, da fria chuva que caia, da correria diária para honrar todos os compromissos, e que o ponto positivo, dito com o mais doce sorriso, tinha sido me encontrar. E foi depois daquele dia que tomei coragem, querendo estreitar mais nossos laços, te liguei. A voz tremia e não sabia muito bem o que ia falar, acabei falando algumas besteiras, e antes de me despedir disse: "te encontro amanhã, no mesmo horário"
E eu, que não costumava tomar café todo dia, viciei!

Vou de táxi

E ontem saí de casa a pé, temendo a "tolerância zero" com quem bebe, mesmo que, como eu, bebe uma ou duas taças de vinho.
Eu realmente bebo as vezes, nada comparado com algumas pessoas que bebem uma dúzia de cerveja e saem com seus carros alucinadamente pelas ruas, como se estivessem no autódromo de Tarumã. Bebo "alegremente" no meio de uma conversa com amigos ou entre uma música e outra que canto no videokê, bebo em um jantar, numa festa de aniversário ou como ontem, em uma exposição, aliás, muito interessante - Transfer - no Santander Cultural.
Nunca causei acidente após ter ingerido bebida alcóolica (e nem sem ter bebido, que fique claro), mas apoio a Lei, afinal se nós - a sociedade - formos contra isso como poderemos ter uma cidade (estado, país, mundo) melhor?
As vezes eu penso que o governo economizaria muito dinheiro se não precisássemos de policiais nas ruas, sim, só precisamos deles porque dentre nós (de novo, a sociedade) existem marginais e esses fazem necessária a presença dos policiais. E no trânsito, é a mesma coisa, existem infratores, que fazem necessária a presença de leis severas. E, como em quase tudo, os bons pagam pelos mals, eu não poderei mais sair com meu carro, dar carona aos meus amigos, ou simplesmente pelo prazer de digirir, se quiser beber algo. Quando quiser sair e me render a esse pequeno prazer terei de tomar um táxi ou pegar carona com quem não bebe.
Farei isso, em parte, a contragosto, mas me acostumarei, porque é uma atitude coerente com meus princípios.

E aí... eu chorei!

Então eu choro, sem vergonha, sem medo, sem mágoas, somente com sensação de ter feito algo errado, algo que talvez torne as coisas menos alegres por aqui, mas que servirá de lição para que o mesmo erro não volte a ser cometido.
Aqui, no meu trabalho, numa manhã menos fria de inverno, no mesmo lugar onde, ontem, pessoas que, eu não tinha uma amizade propriamente dita, mas que significavam alguma coisa para mim, me falaram coisas ruins, mas coisas que mereci ouvir.
Eu errei, admito, fiz uma brincadeira muito idiota, falei mal de pessoas que, por mais defeitos que tenham, não cabe à mim julgar, falei, se pudesse voltar atrás falaria novamente, mas não da forma como o fiz.
Arrependimento não muda o que está feito, só o que se pode fazer daqui pra frente é não cometer o mesmo erro. Aprendi com isso, apesar de estar doendo ainda, vai me fazer ser uma pessoa melhor em várias coisas.
E... deixando que as lágrimas caiam faço bem aos meus olhos e ao meu coração.

Que se danem os nós

"Vim gastando meus sapatos
Me livrando de alguns pesos
Perdoando meus enganos
Desfazendo minhas malas
Talvez assim chegar mais perto
Vim achei que eu me acompanhava
E ficava confiante
Outra hora era o nada
A vida presa num barbante
E eu quem dava o nó
Eu lembrava de nós dois
Mas já cansava de esperar
E tão só eu me sentia
E segui a procurar
Esse algo alguma coisa
Alguém que fosse me acompanhar
Se há alguém no ar
Responda se eu chamar
Alguém gritou meu nome
Ou eu quis escutar
Vem eu sei que tá tão perto
E por que não me responde
Se também tuas esperas
Te levaram pra bem longe
É longe esse lugar
Vem nunca é tarde ou distante
Pra te contar os meus segredos
A vida solta num instante
Tenho coragem tenho medo sim
Que se danem os nós"
.
Que se danem os nós
(Ana Carolina/Totonho Villeroy)

O amor é a melhor grife

Tenho duas coisas para falar hoje.
1) Sex and the city - o filme, que assisti essa semana.
2) Aristófanes de Bizâncio, primeiro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria.
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Sobre o filme, muito bom, não decepciona em nada os fãs da série, que teve fim em 2004. A amizade leal das quatro amigas, as trapalhadas, decepções amorosas, aventuras sexuais, problemas conjugais, tudo embalado por um bom humor inteligente. O filme é tão envolvente que nem nos damos conta que ele tem quase 3 horas de duração.
Adorei quando Carrie (Sarah Jessica Parker) disse, em meio aos seus sapatos Manolo Blahnik, Jimmy Choo e suas bolsas Prada e Louis Vuitton, que o amor é a maior e melhor grife.
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Tá, agora chega de cultura inútil. Tava lendo sobre como surgiram os acentos nas palavras e fiquei feliz e orgulhosa, sim, eles teriam sido criados por Aristófanes de Bizâncio, que foi o primeiro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria. Os acentos e os sinais de pontuação foram usados em primeira mão na língua grega e logo depois o latim assimilou também.
Um viva para o "Ari" \o/

Inteiramente Viva

"Como você sabe, dirás feito um cego tateando, e dizer assim, supondo um conhecimento, faria quem sabe o coração do outro adoçar um pouco até prosseguires, mas sem planejar, embora planejes há tanto tempo, farás coisas como acender o abajur do canto depois apagar a luz mais forte, criando um clima assim mais íntimo, mais acolhedor, que não haja tensão alguma no ar, mesmo que previamente saibas do inevitável das palmas molhadas de tuas mãos, do excesso de cigarros e qualquer coisa como um leve tremor que, esperas, não transparecerá em tua voz. Mas dirás assim, por exemplo, como você sabe, sim como você sabe, a gente, as pessoas, infelizmente têm, temos, essa coisa, emoções, mas te deténs, infelizmente? o outro talvez perguntaria por que infelizmente? então dirás rápido, para não desviar-te demasiado do que estabeleceste, qualquer coisa como seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente, insistirás, infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções. Meditarias: as pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra. Há os níveis-não-formulados, camadas imperceptíveis, fantasias que nem sempre controlamos, expectativas que quase nunca se cumprem, e sobretudo emoções. Que nem se mostra. Por tudo isso, infelizmente, repetirás, insistirás, completamente desesperado, e teu único apoio seria a mão estendida que, passo a passo, raciocinas com penosa lucidez, através de cada palavra estarás quem sabe afastando para sempre. Mas já não sou capaz de me calar, talvez dirás então, descontrolado, e um pouco mais dramático, porque meu silêncio já não é uma omissão, mas uma mentira. O outro te olhará com seus olhos vazios, não entendendo que teu ritmo acompanharia o desenrolar de uma paisagem interna, absolutamente não-verbalizável, desenhada traço a traço em cada minuto dos vários dias e tantas noites de todos aqueles meses anteriores, recuando até a data, maldita ou bendita, ainda não ousaste definir, em que pela primeira vez o círculo magnético da existência de um, por acaso banal ou pura magia, interceptou o círculo do outro. No silêncio que se faria, pensas, precisarás fazer alguma coisa, como colocar um disco ou ensaiar um gesto, mas talvez não faças nada, porque ele continuará te olhando com seus olhos vazios, no fundo dos quais procuras, mergulhador submarino, o indício mínimo de um tesouro escondido para que possas voltar à tona com um sorriso nos lábios e as mãos repletas de pedras preciosas. Mas nesse silêncio que certamente se fará, talvez acendas mais um cigarro, e com a seca boca cerrada, sem nenhum sorriso, evitarias o mergulho para não correres o risco de encontrar uma fera adormecida. Teu coração baterá fortemente, sem que ninguém escute, e por um momento talvez imaginas que poderias soltar os membros e simplesmente tocá-lo, como se assim conseguisses produzir uma espécie qualquer de encantamento que de repente iluminaria esta sala com aquela luz que tentas, em vão, descobrir também nele, enquanto dentro de ti ela se faz quase tangível de tão clara. Nítida luz que ele não vê, esse outro sentado a teu lado na sala levemente escurecida, onde os sons externos mal penetram, como se estivessem os dois presos dentro de uma bolha de ar, de tempo, de espaço, e novamente encherás o cálice com um pouco mais de vinho para que o líquido descendo por tua garganta trêmula vá de encontro a essa claridade que tentas, precário, transformar em palavras luminosas para ofender a ele. Que nada, diz, e nada dirás, e sem saber por quê pensas um extenso corredor escuro onde tateias, feito cego, as mãos estendidas para o vazio, pressentindo o nada, que tu mesmo prepararias agora, suicida meticuloso, através de silêncios mal tecidos e palavras inábeis, pobre coisa sedenta, te feres, exigindo o poço alheio para matar tua sede indivisível. Anjos e demônios esvoaçariam coloridos pela sala, mas o caçador de borboletas permanece parado, olhando para a frente, um cigarro aceso na mão direita, um cálice cheio de vinho na mão esquerda. A presença do outro latejaria a teu lado, quase sangrando, como se o tivesses apunhalado com tua emoção não dita. Tuas mãos apoiadas em bengalas mentirosas não conseguiriam desvencilhar o gesto para romper essa espessa e invisível camada que te separa dele. Por um momento desejarás então acender a luz, dar uma gargalhada ridícula, acabar de vez com tudo isso, fácil fingir que tudo estaria bem, que nunca houve emoções, que não desejas tocá-lo nem conhecê-lo, que o aceitas assim latejando amigo velo remoto, completamente independente de tua vontade, te todos esses teus informulados sentimentos. No momento seguinte, tão imediato que nascerá, gêmeo tardio, quase ao mesmo tempo que o anterior, desejerás depositar o cálice, apagar o cigarro e estender duas mãos limpas em direção a esse rosto que sequer te olha, absorvido na contemplação de sua própria paisagem interna. Mas indiferente à distância dele, quase violento, de repente queres violar com tua boca ardida de álcool e fumo essa outra boca a teu lado. Desejarás desvendar palmo a palmo esse corpo que tá tento tempo supões, até que as palma famintas de tuas mãos tenham percorrido todos os caminhos, até que tua língua tenha rompido todas as barreiras do medo e do nojo, tua boca voraz tenha bebido todos os líquidos, tuas narinas sugado todos os cheiros e, alquímico, os tenha transmutado num só, o teu e o dele, juntos - luz apagada, peças brancas de roupa cintilando, jogadas ao chão. Desejá-lo assim, a esse outro tão íntimo que às vezes julgas desnecessário dizer alguma coisa, porque enganado supões que tu e ele, vezenquando, sejam um só, te encherá o corpo de uma força nova, como se uma poderosa energia brotasse de algum centro longínquo, há muito adormecido, quem sabe dessa luz oculta, é então que sentes claramente que ele não é tu e que tu não serás ele, essa coisa, o outro, que mágico ou demoníaco, deliberado ou casual, te inflama assim, alucinando tua alma. Queres pedir a ele que, simplesmente sendo, te mantenha nesse atormentado estado brilhante para que possas iluminá-lo também com teu toque, com tua língua terna, com a vara de condão de teu desejo. Mas ele nada sabe, nem saberá se permaneceres assim, temeroso de que uma palavra ou gesto desastrados seriam capazes de rasgar em pedaços essa trama onde te enleias cada vez mais sem remédio, emaranhado em ti, em tua viva emoção, emaranhado no desconhecido de dentro dele, o outro - que no lado oposto do sofá cruza as mãos sobre os joelhos, quase inocente, esperando atento, educado, que de alguma forma termines o que começaste. Muito mais que com amor ou qualquer outra forma tortuosa de paixão, será surpreso que o olharás agora, porque ele nada sabe de tu próprio poder sobre ti, e neste exato momento poderias escolher entre torná-lo ciente de que dependes dele para que te ilumines ou escureças assim, intensamente, ou quem sabe orgulhoso negar-lhe o conhecimento desse estranho poder, para que não te estraçalhe impiedoso entre as unhas agora calmamente postas em sossego, cruzadas nas pontas dos dedos sobre os joelhos. Ah: fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não conseguirás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro o cheiro preciso dele. Que não suspeitará de tua perdição, mergulhado como agora, a teu lado, na contemplação dessa paisagem interna onde não sabes sequer que lugar ocupas, e nem mesmo estás. Na frente do espelho, nessas manhãs maldormidas, acompanharás com a ponta dos dedos o nascimento de novos fios brancos nas tuas têmporas, o percurso áspero e cada vez mais fundo dos negros vales lavrados sob teus olhos profundamente desencantados. Sabes de tudo sobre esse possível amargo futuro. Sabes também que já não poderias voltar atrás, que estás inteiramente subjugado e as tuas palavras, sejam quais forem, não serão jamais sábias o suficiente para determinar que essa porta a ser aberta agora, logo após teres dito tudo, te conduza ao céu ou ao inferno. Mas sabes principalmente, com uma certa misericórdia doce por ti, por todos, que tudo passará um dia, quem sabe tão de repente quanto veio, ou lentamente, não importa. Só não saberás nunca que neste exato momento tens a beleza insuportável da coisa inteiramente viva . Como um trapezista que só repara na ausência da rede após o salto lançado, acendes o abajur do canto da sala depois de apagar a luz mais forte. E começas a falar."
(Natureza Viva - Caio Fernando Abreu)
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Porque hoje só Caio me entenderia... Fui ler de novo meu conto preferido dele.
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P.S. Quero falar de um filme que assisti ontem, mas falarei em outro momento.

O frio

- Posso apertar a tua bunda?
- Sim (uma resposta afirmativa para uma pergunta sem contexto)
.
Situação inesperada, pessoas divertidas, conversas engraçadas, findi bem frio aqui no Sul, mas aquecido por bons momentos. E ainda teve chocolate quente, passeios do mato, feira de legumes, filmes antigos, cafezinhos, comidinhas gostosas nham nham.
O frio tem seus lados bons, um deles é desfrutar do nosso "home sweet home", porque dá preguiça de sair pra rua, aí ficar na cama até às 16h faz tão bem, revigora. Por outro lado, não há frio suficiente para impedir passeios pela boa POA.
E a semana começa light, mas no decorrer teremos mais encontros, vejo vocês por aí então!
Beijocas!
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P.S. Saudade de algumas pessoas... snif snif

Amor que nunca morre

- Joss, super Joss, tu é gente fina mesmo.
- Sou?
- Aprendi que amizade é coisa séria, por isso tenho orgulho de ter uma amiga como tu!
- Amizade é mesmo coisa séria, mas também é coisa engraçada.
- Nunca vou esquecer quando eu te conheci e bem louca já fui falando que te amava, e tu respondeu: "como vai me amar se nem me conhece?"
- Pois é... Lembro disso também!
- Aquilo me tocou profundamente
- Mas foi só questão de tempo, depois que nos conhecemos nos amamos mutuamente.
- E hoje posso dizer que te amo mesmo, porque já te conheço e quero fazer parte da sua vida sempre
- ô minha linda, obrigadaaaa, digo o mesmo. Senti muita falta tua quando estivestes ausente.
- Tu é uma esmeralda, uma pedrinha valiosa, que não se tem em qualquer lugar.
- Ai guria, para com isso!
- Então Srta. Raridade, só te digo que te amo de verdade.
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Gosto muito de bater papo, com amigos então, nem se fala, e as vezes as conversas tomam rumos inesperados. E de um assunto qualquer surgem as lembranças de algo que fizemos, o modo como nos conhecemos e com isso vem os elogios, os momentos "rasgando seda", mas é tão legal ouvir coisas positivas das pessoas que gostamos, faz bem para a alma e para o coração.
Amigos, tesouros que devemos guardar em um lugar bem seguro. Porque, segundo Quintana, a amizade é um amor que nunca morre.

O amor é para todos

Um dia normal de trabalho, de conversas, de trocas. Um amigo me diz que precisa conversar e vai logo me perguntando porque pessoas como nós - intensas, sinceras, carinhosas, fiéis, queridas pelos amigos e, segundo eles, cheios de coisas boas - não conseguem amar e ser amados.
Ele começa com essa pergunta, para depois me dizer que, com 29 anos, se vê apaixonado por uma pessoa de 18, comprometida, que fica na volta dele querendo uma amizade e porque gosta da companhia dele, dos momentos em que passeam juntos, que assitem filmes, que dividem a mesma cama, o mesmo prato, que conversam, que fazem coisinhas simples, mas que tem um valor enorme. Só que ele, meu amigo, quer mais, porque se encantou com a pessoa desde o primeiro momento em que a viu e me pergunta: "Porque não temos a mesma intensidade no gostar?"
Aí ele chora, comenta que não á primeira vez que tem um amor não retribuído, acha que o amor não é para ele, diz que é difícil ficar numa situação assim e que as vezes tem vontade de largar tudo e sair correndo para um lugar, bem longe de tudo.
Eu, na minha qualidade de amiga - amiga otimista - tento mostrar que nem sempre vai ser assim, que temos muitos obstáculos e dificuldades para encontrar nosso amor, aquele que nos completa e nos é recíproco em todos - ou quase todos - os sentidos. Se fosse fácil não teria graça. Para uns demora mais e mais outros menos, mas todos um dia vivem um grande amor, e este, é eterno enquanto dura, enquanto a outra parte nos dá o que precisamos e vice-versa. Talvez se procurássemos pensar mais em receber das pessoas o que elas tem para nos dar e não exigir delas o que precisamos, teríamos mais sucesso no amor.
A vida é feita de muitos caminhos, se em um deles não encontramos o que buscamos devemos voltar e tentar outro, e é assim em todos os lados de nossa vida, não seria diferente no campo amoroso. Aproveita e aceita das pessoas o que elas podem/querem te dar, mas busca sempre o que tu quer... uma hora tu encontra... ou conquista.

DL de aniver

No dia 26 de março do corrente ano, escrevi aqui nesse blog sobre uma pessoa muito especial para mim, e, hoje, essa pessoa completa mais uma primavera.
Primaveras, invernos, outonos e verões encatando e enchendo de alegria a vida das pessoas que à rodeiam.
Ela é multicolorida e perfumada como a primavera;
Refinada, como os ambientes ideias para um dia de inverno;
Acolhedora, como uma tarde de sol em dias de outono;
Intensa, como os dias quentes do verão.
Ela é a pessoa que me fez ter um dia decepcionante, por achar que eu não ia conseguir o presente que tinha planejado para ela, mas eu consegui e acho que ela gostou.
DL querido, feliz aniver! Adoro saber que tu faz parte da minha vida.

Meu abraço

E continuando com meus devaneios do post anterior... o mundo dá voltas e as coisas mudam, pode levar horas, meses ou anos, mas mudam, para melhor ou pior, depende de nós.
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- Eu não te desejo coisas ruins. Pelo contrário quando alguém me diz que estas triste ou chateada... eu te desejo coisas ótimas porque acho que tristezas e chateações nada tem haver contigo. E pra mim é importante que saibas disso.
- E é mto importante pra mim saber isso. Tu não tem noção do quanto!
- E às vezes penso nas tuas peculiaridades Josianas e tenho falta.
- "Peculiaridades Josianas"?

- Teu jeito de abrir bem os braços para abraçar, como se fosse abraçar o mundo!
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Incrível ler isso em um dia em que minhas peculiaridades estavam num nível bem baixo.
O tempo, os amigos de verdade e sábios, os sentimentos nobres e as voltas que o mundo dá, tudo isso um dia levará meu abraço até tu novamente, acredito muito nisso!

Desabafos

Então você acorda em um dia normal, um dia que tem sol, um dia lindo, toma banho, se arruma, faz o que costuma fazer quando acorda e, depois de tudo isso, sai, vai para algum lugar, no meu caso, para o trabalho. No caminho começa a pensar em coisas que incomodam, óbvio, pensa em colocar isso no blog e, aqui estou.
Mas até ter tempo de sentar na frente do computador muitas pessoas cruzam seu caminho, dentre elas, talvez, alguns amigos, e aí papo vem, papo vai, acaba desabafando essas inquietações com alguém, alivia um pouco, eles te dão conselhos, mas só você pode decidir o que fazer. O dia segue, encontra mais pessoas, algumas que te elogiam, outras te sorriem e esse sorriso te acalma, umas brincadeiras que te fazem rir também, conversas sobre vários assuntos e, o que era mesmo que tava te incomodando?
Por um momento esquecemos nossas angústias, mas depois elas voltam e só somem quando conseguimos resolver. Acredite, tudo tem solução.
Agora meus desabafos:
Porque é tão difícil encontrar alguém que nos complete?
Já sei, pessoas perfeitas não existem e todos temos defeitos. Eu sei muito bem disso, não procuro um alguém perfeito, eu só queria que as pessoas, que no caso, tem um relacionamento comigo, se abrissem (afinal relacionamento tem que ter confiança) e talvez conseguiríamos resolver as coisas juntos.
Porque algumas pessoas não acreditam em mim quando digo que gosto delas?
Sim, eu demoro para dizer o que sinto, porque gosto de ter certeza, mas quando digo é de coração. Se digo que vou ficar do teu lado para sempre é porque esse é o meu desejo e farei de tudo para ser assim.
Agora o dia já tá quase na metade, muita coisa aconteceu e estou bem melhor, vou buscar resolução para essas duas perguntas, conversando e tentando mostrar que eu sou uma pessoa séria (apesar de fazer uns deboches de quando em vez), uma pessoa convicta, que vai sempre lutar pelo que quer e que precisa da confiança das pessoas que gosta.
Amanhã é feriado... Que seja um dia para fazer coisinhas simples, com pessoas legais.

Ação e Reação

Porque toda a ação tem uma reação.
Quando, ao sair do carro, perguntou se nos veríamos novamente, comecei a planejar como seria nosso próximo encontro; quando ficou sabendo que meu amigo iria conosco ao cinema e disse que ficaria feliz em conhecer meus amigos, fiquei feliz também, afinal meus amigos são muito importantes para mim; quando aceitou meu convite para jantar, fomos ao supermercado e me ajudou a escolher o cardápio e o vinho, gostei de saber que tem opinião, mas que sabe chegar num consenso; quando sentou ao meu lado para assistir um DVD novo que comprei e disse que tenho bom gosto musical, elogios me enchem de motivação; e seguida pela motivação do momento lhe beijei e retribuiu o beijo, me tocando suavemente o rosto; quando falou que era melhor pararmos pois a vontade de ir além era quase incontrolável, me desafiou; quando falei que gostaria que passasse a noite comigo, falou que seria muito difícil controlar seus instintos; quando me abraçou calorosamente, tive a sensação de ser um navio chegando no cais; quando sua mão deslizou pelo meu corpo, um arrepio tomou conta de mim; quando cantei, surrurrando as palavras no seu ouvido, me arranhou as costas; quando adormeceu nos meus braços, me fez sentir vontade de cristalizar aquele momento; quando preprarei o café e trouxe para a cama, o sorriso digirido a mim parecia invadir meu coração e enchê-lo de paz; quando falou que minha voz era afrodisíaca, me aguçou o desejo de repetir a noite; quando disse que precisava ir trabalhar, lhe abracei fortemente com vontade de não soltar mais; quando, no portão, olhou para trás e mandou um beijo, comecei a esperar ansiosamente pelo momento de lhe ver novamente.

Ação!!!

- Posso te confessar uma coisa?
- Pode, claro!
- Hoje senti uma vontade enorme de tocar em você, adorei suas mãos.
- E porque não tocou?
- Timidez...
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Me toca, me abraça, me mima, me beija, me deixa sentir teu doce perfume, me mostra o brilho que teu olho tem quando olha para mim, me sussura palavras gostosas ao pé do ouvido, me acalenta em teus braços até que pegue no sono, me põe maluca diante da tua lascividade, me supreende com teu jeito - autoritário - de dizer que quer me ver, me encanta com teu sorriso envergonhado, me enche de razão quando admite que estou certa em alguma coisa, me desarma quando fala de uma música ou livro que adoro, me desafia quando propõe convites irrecusáveis, me pega e me leva pra onde quiser.