(Para ler ao som de Barão Vermelho)
Anos luz de sequer pensar em ser uma escritora de verdade, as coisas que escrevo são apenas para dividir sentimentos que brotam dentro de mim, mas é sempre bom ouvir comentários sobre o que escrevo e uma honra maior ainda receber comentários (elogios) de alguém que tem muito mais "pinta" que eu para escrever textos literários.
E numa conversa sobre nossos textos veio a pergunta, recíproca: "Como eu escrevo?"
Quando eu leio o que ela escreve me vejo no meio de um mix de Caio Fernando Abreu, Florbela Espanca, Lygia Fagundes Teles, Clarice Lispector e André Takeda.
Vou tentar explicar.
Quando eu leio o que ela escreve me vejo no meio de um mix de Caio Fernando Abreu, Florbela Espanca, Lygia Fagundes Teles, Clarice Lispector e André Takeda.
Vou tentar explicar.
A maior influência sei que vem do Caio, a minha também vem, as vezes, mas no caso dos textos dela acho que ele tá sempre muito presente. Alguns de seus escritos tem traços fortes dele, que escreve com tom irônico, desiludido e amargurado, diria... melancólico talvez. Junto de tudo isso tem o erotismo da Florbela, com sua sensibilidade exagerada para expor seus desejos.
Sim, ela escrevia basicamente como esses dois, inspirada por eles (apesar de não gostar da Florbela), e aí o Takeda entrou na vida dela de uns tempos para cá e deu uma sacudida, colocando o humor, a poesia da Clarice também entrou nessa salada textual, dando um tom mais romantico, sem falar, claro do amor que entrou em seu coração e das borboletas que andam agitando sua barriga, esses fatores são de um alguém que não é escritor, mas sem sombra de dúvida, uma grande inspiração para bons textos.
E a Lygia entra como? Apesar dela ter uma maneira de escrever diferente da Clarice, por exemplo, pois essa mergulha fundo nas ángustias das pessoas, toca na ferida e faz o sangue aparecer e a Lygia não, ela fala dos mesmos problemas, mas de maneira mais amena, deixando a cargo do leitor explorar mais essas idéias
Talvez deva dizer que Elis começou com Caio e Florbela, depois deixou Clarice, Takeda e Lygia entrarem nos seus textos e essa mistura resultou em uma melhora significativa (vejam bem, isso é o que eu percebo). Convém falar que a melhora que me refiro é a passagem de textos melancólicos para textos romanticos e poéticos (apesar dela não curtir poesia). Isso porque eu prefiro os textos mais apaixonados, por ser uma romantica assumida :)
E a Lygia entra como? Apesar dela ter uma maneira de escrever diferente da Clarice, por exemplo, pois essa mergulha fundo nas ángustias das pessoas, toca na ferida e faz o sangue aparecer e a Lygia não, ela fala dos mesmos problemas, mas de maneira mais amena, deixando a cargo do leitor explorar mais essas idéias
Talvez deva dizer que Elis começou com Caio e Florbela, depois deixou Clarice, Takeda e Lygia entrarem nos seus textos e essa mistura resultou em uma melhora significativa (vejam bem, isso é o que eu percebo). Convém falar que a melhora que me refiro é a passagem de textos melancólicos para textos romanticos e poéticos (apesar dela não curtir poesia). Isso porque eu prefiro os textos mais apaixonados, por ser uma romantica assumida :)
2 pessoa(s) comentando:
Nossa ... o que que eu vou dizer? Estou mega envaidecida com tamanha análise, e mais ainda por tamanho carinho com essa "salada de mim" . Sei que tu perdes um pouco do teu precioso tempo pra ler e comentar essa erupção literária que derrama de mim ... "doce ou atroz ... eu, caçador de mim..."
Obrigada por teu carinho!
sinto tua falta!
Bjs
Elis.
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